sexta-feira, 26 de junho de 2015

Obrigado! Vamos a isto!



Açores: Lista ordenada dos candidatos

Pedro Alves
Florbela Carmo
José Azevedo
João Ricardo Vasconcelos
Alexandra Ávila Trindade

Candidatos suplentes

Tiago Franco
Jorge Santos

Ops... Afinal esta Maioria pode Ficar


As últimas sondagens já vinham anunciando a aproximação cada vez maior entre a actual maioria e o PS. A margem, que nunca foi grande, foi diminuindo mês após mês sob o olhar atento de todos. E eis que, a menos de quatro meses das eleições, temos a primeira grande sondagem onde se verifica mesmo uma ultrapassagem do PS pela coligação PSD/CDS. Com uma diferença mínima, é certo, e dentro das margens de erro das sondagens, sem dúvida. Mas uma demonstração clara que a perspectiva de mudança nas próximas eleições deixou de ser uma certeza. Pelo contrário, chegámos ao momento em que a referida mudança começa a ser algo tão provável como a manutenção da actual maioria.

No meio deste cenário, os primeiros olhares debruçam-se naturalmente no PS. Não só não estão a conseguir descolar nas sondagens, como começam a dar alguns sinais de serem ultrapassados pelo PSD/CDS. E tal torna-se particularmente relevante quando António Costa sustentou a sua candidatura à liderança do PS após o seu antecessor vencer as Europeias, mas com um resultado que “soube a pouco”. Ou seja, assente no argumento de que António José Seguro não conseguia, apesar de um contexto de amplo descontentamento na opinião pública, fazer com que o PS descolasse nas sondagens. Costa depara-se agora com um cenário igualmente intrigante ao vivido pelo seu antecessor. E parece que não existe carisma, estado de graça ou empatia com a comunicação social que valha ao líder socialista no momento actual.

Mas a actual sondagem continua a não dar razões de festejo para a esquerda à esquerda do PS. O PCP mantém o score na casa dos 10%, sendo sim a verdadeira novidade uma subida abrupta do Bloco de Esquerda (passa de 4% para 8%). Candidaturas como o LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR mantêm valores na casa dos 2%, à semelhança do que tem acontecido nos últimos meses. A confirmar-se a real duplicação das intenções de voto no Bloco, temos uma esquerda na casa dos 20%. Mas tal duplicação carece ainda de alguma sustentação em próximas sondagens.

Tendo em conta o presente cenário, a pergunta da ordem do dia formula-se mais ou menos desta maneira: “Como é possível que, após anos de austeridade, anos de subida do desemprego e de diminuição dos salários, anos de recordes de emigração, anos de diminuição dos direitos em todas as frentes… Como é possível que o eleitorado não deseje de forma mais clara a mudança”? Estaremos perante uma espécie de síndrome de Estocolmo, em que a vítima estabelece, apesar de tudo, uma ligação sentimental positiva com o agressor?

O desgaste de imagem de António Costa e o fantasma Sócrates (a sua prisão, mas sobretudo a recordação da sua governação) são assumidos por alguns sectores como os principais motivos dos atuais resultados. Por outro lado, o que se está a passar na Grécia e, sobretudo, o que nos chega pela comunicação social sobre a crise grega gera um efeito conservador no eleitorado. O discurso do “nós não somos a Grécia” regressou em força. No fundo, começa a instalar-se em força a ideia que nós fizemos sacrifícios (e os Gregos, não), por isso não devemos deitar tudo a perder.

Vasco Púlido Valente, na sua crónica no Público do passado Domingo, apresenta ainda uma outra justificação. Comparando com o que sucedeu com determinados povos em dados momentos históricos, os Portugueses habituaram-se ao presente quadro. Ou seja, vivem uma situação objectivamente má, reconhecem os erros e a incompetência de quem os governa, mas temem sobretudo uma qualquer mudança de quadro. Habituaram-se a este referencial e não querem passar por novas incertezas.


As sondagens valem o que valem e esta é só mais uma. De qualquer modo, julgo que hoje já ninguém consegue negar a tendência de clara aproximação entre o PS e o PSD/CDS, com a consequente indefinição sobre o que se passará nas legislativas de Outubro. Até lá, valerá com certeza a velha máxima de “as eleições não se ganham, perdem”. Ou seja, ganhará as eleições quem cometer menos erros.

Artigo publicado terça-feira no Açoriano Oriental

terça-feira, 9 de junho de 2015

E se os Açorianos decidissem os seus candidatos?


Pela primeira vez na democracia portuguesa, os cidadãos serão responsáveis por escolher e ordenar listas de candidatos a deputados. E o referido processo está já em curso para as Legislativas de 2015. No quadro de uma iniciativa particularmente arrojada, a candidatura cidadã LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR (www.tempodesavancar.net) garante que qualquer cidadão possa ser candidato nas eleições primárias para a escolha dos candidatos à Assembleia da República. E o carácter inovador do processo não se fica por aqui. Qualquer cidadão pode depois escolher e ordenar os diversos candidatos, resultando as listas a apresentar à Assembleia da República deste processo de democracia participativa. Pela primeira vez na história da democracia portuguesa, a escolha e ordenação dos candidatos não competirá a uma direcção partidária.

Conhecemos o diagnóstico há muito. Os cidadãos estão afastados da política e não se revêem nos partidos políticos. Consideram que os partidos são máquinas de conquista de poder e de distribuição de benesses que estão afastadas dos verdadeiros interesses da sociedade civil. Os cidadãos sentem-se, por isso, mal representados. Aliás, não sabem quem são os seus representantes, nomeadamente na Assembleia da República, e questionam-se deste modo sobre a utilidade do modelo de representação actualmente existente.

O diagnóstico acima é assumidamente simplista. Destaca a questão da representação e o afastamento entre eleitos e eleitores como um dos grandes pontos críticos da democracia actual. Existem outros problemas na nossa democracia, como é evidente. Demasiados, aliás. Mas é hoje indiscutível que a representação é uma das questões centrais e as soluções para minimizar este problema são inúmeras. O convite a independentes para integrar as listas, a eleição do líder em primárias abertas à sociedade civil, entre outras. Sendo todas as soluções naturalmente meritórias, a possibilidade das listas de candidatos serem escolhidas e ordenadas pelos cidadãos eleva a vontade de abertura e de participação dos cidadãos a um novo patamar de democracia.

Como resultado de um amplo processo de mobilização, cerca de 400 cidadãos em todo o país decidiram avançar e apresentar-se como candidatos nas primárias do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR. Alguns com experiência política, outros com experiência de participação em movimentos cívicos e outros ainda movidos pela importante simples vontade de participar. Nos Açores, 14 cidadãos apresentaram-se como candidatos e estão disponíveis para representar a região na Assembleia da República. Mulheres e homens com vontade de fazer diferente, que entendem que este é o momento de avançar e participar num processo deveras inovador na democracia Portuguesa

Eu sou um dos referidos candidatos. E dou este passo em frente porque sempre entendi a política como a materialização de uma cidadania que se quer ativa e interventiva. Porque vivemos um momento em que os impasses à esquerda têm de ser ultrapassados. E porque temos de deixar cair o tabu da vontade de governar, ao mesmo tempo que mantemos a exigência com os principais pilares da esquerda: educação, saúde e segurança social públicas. Espero contribuir para demonstrar que a alternativa existe, tomando em mãos a responsabilidade de desenvolver pontes e tornar possível a aplicação de um programa de um governo de esquerda em Portugal.

Compete agora a qualquer açoriano interessado participar neste processo de escolha e ordenamento dos candidatos do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR. E pode fazê-lo até o dia 14 de Julho, inscrevendo-se em www.tempodeavancar.net e votando depois electronicamente no dia 20 ou 21 de Junho. Estou (e estamos) nas suas mãos.

Artigo hoje publicado no Açoriano Oriental

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Avancei (e agora estou nas tuas mãos)


Sempre assumi que a democracia deve ser vivida todos os dias. Que a participação se faz participando. E que, se queremos mudar algo na escola, no trabalho ou no país, devemos arregaçar as mangas e fazer por isso. Simples, não? Sozinhos não conseguimos mudar o mundo. Mas se fizermos a nossa parte, se entregarmos o que conseguimos  e o que achamos que devemos entregar, já estamos a ser verdadeiros revolucionários. 

Sou candidato nas primárias da Candidatura Cidadã LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR (www.tempodeavancar.net) porque tenho a certeza que o país necessita de facto de uma alternativa. Porque não basta criticar sem querer assumir responsabilidades governativas. E porque estou certo que o virar o disco e tocar o mesmo do PS e PSD foi precisamente o que nos trouxe até aqui. 

Quero ajudar a mudar o disco. Sei que posso ajudar a fazer diferente.

A apresentação da minha candidatura e as áreas preferenciais de intervenção podem ser consultadas aqui. Utilizarei o Ativismo de Sofá (Blogue e Facebook) como plataformas de comunicação desta candidatura.

Tratando-se de um processo de primárias para selecção dos candidatos a deputados à Assembleia da República, necessito do apoio de todos os que acham que o meu contributo será válido. Preciso mesmo que se inscrevam aqui até ao dia 12 de Junho e votem a 20 ou a 21 de Junho

Conto contigo!