quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ensitel




Antes de mais, estamos naturalmente solidários com a Maria João Nogueira na sua aventura contra a Ensitel. Ser apanhado nas malhas da incompetência é um desespero.

Mas este caso está a demonstrar a nível nacional o poder que as redes sociais podem ter. A Ensitel, por seu turno, está estranhamente a demonstrar não viver neste mundo ao tentar resolver o processo nos tribunais. Está a conseguir uma publicidade negativa sem precedentes. Recomendo ao seu departamento de relações públicas que tire um tempinho e leia este livrinho...


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Futurologia para 2011

2010 ficará rotulado como o ano da crise, parecem existir poucas dúvidas a este respeito. Será lembrado como um ano de má memória. O ano em que a Europa se viu à mercê da confiança e estabilidade emocional dessa estranha entidade conhecida como “mercados”. Para os portugueses, 2010 será recordado como o ano dos PECs, o ano em que um pacote de austeridade sem precedentes foi decretado, o ano em que muitas famílias perceberam que o dia de amanhã em termos de condições de vida poderá não ser melhor do que o dia de hoje. Posto isto, como será 2011? O que se segue a este 2010 de má memória? Os exercícios de futurologia possuem naturalmente o valor que lhes quisermos atribuir. O traçar de cenários prospectivos vale o que vale. Mas não deixam de ser exercícios interessantes de realizar.

Em termos económicos, tudo leva a crer que a crise está cá para ficar. Aliás, uma vez que muitas medidas de austeridade só terão início em Janeiro, constatamos facilmente que os efeitos da crise económica em curso ainda não se estão a fazer sentir em pleno. O crescimento previsto para o próximo ano não é animador e é muito pouco previsível que os índices de confiança melhorem significativamente. O desemprego deverá continuar a crescer, assim como o custo de vida. Aliás nestes domínios, a subida do IVA e das taxas de juro no crédito à habitação são ingredientes explosivos para a diminuição do rendimento disponível dos agregados familiares. Em suma, as expectativas económicas para 2011 são muito pouco animadoras.

A nível de politica nacional, sérias mudanças adivinham-se. A crer nas actuais sondagens, Cavaco Silva será reeleito, somando assim mais 5 anos na sua estadia por São Bento. Por seu turno, tudo parece indicar que o actual Governo cairá no limite até à aprovação do próximo Orçamento de Estado. Passos Coelho será então eleito, adivinhando-se que tal possa significar para o PSD o regresso às longas temporadas no poder. Possivelmente tal acontecerá até em coligação com o CDS, concretizando-se assim os sinais que vêm sendo dados pelos líderes dos dois partidos. Revigorar-se-á o panorama do centro-direita em Portugal. concretizando-se aliás o famoso sonho de Sá Carneiro: “um presidente, uma maioria, um governo”.

O PS voltará, por seu turno, para a oposição. Ausente de São Bento e de Belém, perspectiva-se uma significativa travessia no deserto. O partido tenderá então a eleger uma direcção mais à esquerda. Procurará deste modo saciar a sede de ideologia de que tem padecido nos últimos anos. Tal nova liderança dificilmente se constituirá como uma série alternativa ao novo governo do PSD. Cumprirá sim um objectivo bem mais concreto de conseguir que o partido se reencontre depois de uma longa estadia no poder.

A futurologia, ou se quisermos ser um pouco mais científicos, os cenários prospectivos, são traçados à luz do que hoje conseguimos vislumbrar. Assentam portanto na previsibilidade dos acontecimentos. Ora, se há coisa que sabemos à partida é que, embora algumas tendências na evolução dos acontecimentos possam ser facilmente identificáveis, a previsibilidade em termos políticos é um bem raro. Um qualquer acontecimento amanhã, um qualquer caso ou gafe cometida podem facilmente alterar o rumo que parecia inevitável. O fenómeno político em democracia é demasiado mutável para poder rimar com fatalismos. Eis uma máxima adequada ao início de um novo ano: nada está decidido, tudo continua por decidir. Se queremos ou não participar no rumo dos acontecimentos, tal já constitui uma questão que cada um de nós se deve colocar.

Artigo ontem publicado no Açoriano Oriental
(Imagem: Canga)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Milagre do Natal





É mais do que sabido que impedir a reeleição de Cavaco Silva não será
uma tarefa fácil. Há toda uma tradição de recondução do Presidente da República que se recandidata. O desejo de estabilidade política do eleitorado, que normalmente vê na figura do PR alguém com traços paternalistas que paira acima da política mundana, a isso convida. Cavaco Silva encaixa na perfeição neste tipo de ideal tendencialmente expresso pela opinião pública. A sua figura e a forma meticulosa como tem gerido a sua exposição e comunicação deixam claro que todos os que a ele se opõem têm muito trabalho a fazer em Janeiro.

Mas independentemente da balança estar claramente inclinada para a reeleição de Cavaco Silva, não deixa também de ser interessante verificar como o agora candidato tem saído incrivelmente incólume de uma série de questões que vão surgindo na agenda. Consegue passar entre os pingos da chuva com uma destreza (ou sorte) impressionante, como se se tratasse de uma espécie de ser transcendente que nunca se molha, nunca se suja, nunca se compromete.

O caso BPN, que agora voltou à tona devido à injecção de mais 500 milhões de euros, é apenas um exemplo neste sentido. Como é evidente, não está naturalmente em causa o lançamento de suspeitas de envolvimento do actual PR no grupo liderado por Oliveira e Costa. De todo, importa ser claro a este respeito. Mas não deixa de ser interessante observar como um escândalo que não pára de crescer e que envolve figuras ultra-próximas de Cavaco Silva não esteja a causar os mínimos danos neste.

O BPN é conhecido como uma das grandes obras do cavaquismo, dado o tão grande número de responsáveis do banco que exerceram funções governativas entre 85 e 95. Dissociar o BPN do círculo do actual PR está longe de ser uma tarefa fácil. No entanto, paradoxalmente, tudo continua a processar-se, o escândalo continua a aprofundar-se sem que a imagem de Cavaco saia sequer respingada. No momento presente, em que as mais duras políticas de austeridade estão a ser adoptadas ao mesmo tempo que se continuam a atirar milhões para um buraco sem fundo chamado BPN, é um verdadeiro milagre de Natal que tudo esteja a passar ao lado do actual PR.

Nesta perspectiva, valha-nos o facto de o Natal estar acabar, estando já à porta um mês de Janeiro onde muita coisa acontecerá certamente. Não será necessário um milagre para derrotar Cavaco Silva. Mas se calhar importa sinalizar e desconstruir com seriedade esta espécie de milagres não param de o beneficiar.

Artigo publicado hoje no Esquerda.net
(imagem - We have Kaos in the Garden)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Números curiosos...




Segundo dados do Tribunal de Contas, 61% dos fundos anti-crise aprovados no ano passado em Portugal tiveram como destino a banca. Por seu turno, 1% foi aplicado no combate ao desemprego. Poder-se-á sempre argumentar que o desemprego não se combate apenas com medidas directas de combate ao desemprego. É evidente. De qualquer modo, os números agora apresentados não deixam de ser elucidativos.

Pai, dá-me o teu brinquedo!




Novo problema cá de casa: o filho não deixa o pai brincar sossegado com o seu iPad. O pai tem de brincar às escondidas ou esperar que o filho adormeça para poder ligar o brinquedo...


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O poder da galinha da vizinha




Embora sejam domínios naturalmente diferentes, não deixa de ser sintomático que o complemento dado por César a alguns funcionários públicos dos Açores tenha criado muito mais alarido do que os 500 milhões injectados agora no BPN. Abusando da simplificação do problema, é sempre mais simples indignarmo-nos com a galinha da vizinha.

@Ponta Delgada




Sabe bem estar na terra. Pena não poder cá vir mais vezes. Os preços das passagens aéreas continuam a roçar o proibitivo. Para quem não tenha bem a noção: por dois adultos, uma criança e um bebé, utilizando as tarifas mais baratas que podem existir (voos a más horas e em dias menos solicitados, sem possibilidade de alteração), tivemos de desembolsar cerca de 700 euros. Vir à terra torna-se um verdadeiro investimento...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Certeiramente Incómodo




Mariano Gago esteve bem ao apontar o papel excessivo que as ordens profissionais têm vindo a assumir no acesso às profissões. E apesar de incomodas e pouco usuais, se calhar não se devia estranhar ver um ministro do Ensino Superior a proferir tais declarações. Porque as restrições colocadas pelas ordens, quer através de certificação de cursos ou exames de acesso à profissão, são verdadeiros atestados de incompetência passados ao sistema de ensino superior.

iProgresso?




É uma verdade batida, mas uma das coisas mais "revolucionárias" dos gadgets da Apple (ipod, iphone, ipad) é conseguirem colocar de novo os utilizadores a pagarem por software e conteúdos. Se isso significa de facto um progresso ou não, aí as opiniões podem naturalmente dividir-se... Confesso que a minha divide-se profundamente.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O mestre do soundbyte

Muitos tentam chegar-lhe aos calcanhares, mas não é fácil entrar no campeonato de Paulo Portas em matéria de soundbytes. Eis o último, que por momentos até nos faz crer que Portas é um homem de esquerda: "Se José Sócrates agora quer um simplex para o despedimento, o CDS quer um simplex para a contratação". De mestre, sem dúvida... :)
(Imagem: Café Odisseia)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Bravo! clap clap clap

Eis um exemplo perfeito de como uma boa utilização das redes sociais pode ser decisiva nos dias que correm. O criativo video da empresa portuguesa Excentric - História do Natal Digital - a transformou-se em poucos dias num dos fenómenos web deste Natal. Quando aqui o publiquei há 1 semana atrás, ainda não tinha salvo erro 6000 visionamentos. No momento em que faço este post já ultrapassou os 1 250 000 visionamentos. Eis como um custo ultra reduzido, com recurso sobretudo à criatividade, a Excentric conseguiu uma projecção impressionante. Corresponde ao paradigma Socialnomics na perfeição.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A Lição da WikiLeaks

Até há pouco tempo atrás, a cultura de fechamento rodeava sempre os assuntos públicos considerados de elevada importância. Considerava-se assim que as dinâmicas políticas e de governação da causa pública dificilmente seriam entendíveis pelo cidadão comum. Daí este ser mantido afastado de tais “complexidades”. Só nas últimas décadas, nomeadamente nos últimos anos, se tem feito sentir uma pressão cada vez maior para a abertura dos governos e administrações públicas perante os cidadãos. Princípios como a transparência têm vindo a impor-se em nome de um cidadania mais informada e participativa. O aprofundamento dos regimes democráticos assim o tem determinado. O Open Government é aliás uma das temáticas do momento nas teorias da governação pública.

No entanto, apesar do ritmo progressivo da abertura, as resistências no seio das entidades públicas continuam a ser muitas. É toda uma cultura que está em causa. A possibilidade de os cidadãos poderem monitorizar passo a passo o que os poderes públicos andam a fazer causa confusão em ínumeros quadrantes. E continuam a existir inúmeros sectores cuja capacidade de acompanhamento dos cidadãos se mantém praticamente nula. A título de exemplo, as pastas da Defesa e dos Negócios Estrangeiros são áreas onde o Open Government se afigura mais distante. Com o argumento de que está em causa a segurança nacional e os interesses estratégicos do país no mundo, os Estados mantêm os cidadãos bem afastados destes domínios.

Neste contexto, a recente acção da Wikileaks constituiu uma autêntica pedrada no charco, colocando ao alcance de todos o tipo de actividade desenvolvida pelos corpos diplomáticos. Apesar do material que tem sido divulgado ser proveniente do mais poderoso país do mundo, este não se tem revelado muito diferente do que seria descoberto nas comunicações diplomáticas de qualquer outro país. A actividade diplomatica assenta aliás em muito do que tem sido revelado pela Wikileaks: observar/espiar, interpretar e até conspirar. Trata-se de um mundo de cinismos, de realpolitik a todos os níveis, que sempre funcionou assim.

Mas será que deverá permanecer assim? Os cidadãos não deverão ter direito a melhor saber o que andam a fazer os seus corpos diplomáticos? Direito a saber o rumo da política externa dos seus países? A acção da Wikileaks começa a assumir-se como uma marco importante neste sentido. Embora tenha seguido um modelo com inúmeros riscos, centrando-se apenas na divulgação em massa de informação de um país, podendo a mesma ser facilmente destorcida, a informação divulgada tem vindo a demonstrar todo um sub-mundo que estava muito longe de poder ser monitorizado pelo cidadão comum.

Tratou-se assim de uma espécie de acção de choque contra o carácter totalmente fechado do mundo da diplomacia. E o impacto tem sido tão grande e o incómodo tão manifesto que levou a uma caça ao homem sem precedentes. Envolveu o poder político, judicial, mas também grandes empresas com o objectivo imediato de neutralizar a organização.

Como é evidente, dificilmente será defensável a total transparência das comunicações diplomáticas. Mas a presente acção vem sublinhar que os governos têm de ser muito mais abertos nestes domínios. Os cidadãos têm de estar melhor informados do que andam a fazer. E a transparência é também uma salvaguarda para a primazia da Direito (nacional ou internacional): é que a coberto do secretismo, os maiores atropelos são cometidos, como aliás está agora a ser demonstrado.

Artigo publicado hoje no Açoriano Oriental
(Imagem: Faculdade de Ciências - UL)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Argumento Fraquito




Não sou constitucionalista e até tenho sentimentos contraditórios quanto à compensação salarial a alguns funcionários públicos nos Açores. Mas ouvir Jorge Miranda a considerar a questão como "manifestamente inconstitucional" baseando-se nos princípios da igualdade e da solidariedade nacional parece-se manifestamente pouco. A irmos por aí, então também consideraríamos o IVA reduzido nos Açores como uma inconstitucionalidade, não?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Angústias de fim de ciclo




Os ciclos políticos e a forma como a popularidade da força política no poder evolui são fenómenos particularmente interessantes. A evolução é conhecida. Numa primeira fase, o partido no poder goza tipicamente de um estado de graça junto do eleitorado, junto dos opinion makers e da comunicação social em geral. Após tal fase inicial onde normalmente se atingem os picos da popularidade, entra-se numa fase tendencialmente decrescente, embora de certa forma camuflada por subidas e descidas ao sabor da agenda política. Por último, inicia-se então a fase de fim de ciclo. O partido da oposição já ultrapassa em popularidade o partido no poder, este último já tem dificuldade em disfarçar alguma desorientação e já caiu completamente em desgraça junto de comentadores e outros líderes de opinião.

A evolução dos ciclos políticos pode ser facilmente acompanhada pelas sondagens. Estas fornecem material empírico bastante rico para análise do fenómeno. Mas, para além da perspectiva da opinião pública, torna-se particularmente rico observar os ciclos políticos no seio da força política governamental (através dos seus dirigentes, militantes de base ou simples apoiantes de sempre). Como é evidente, da mesma maneira que a opinião pública acredita, apoia e começa depois a desmotivar e a desejar a mudança, o mesmo acontece no seio dos partidos que se encontram no poder.

Vem este enquadramento a propósito da situação do actual Executivo e do desconforto manifesto que se faz sentir em franjas cada vez maiores do PS. Sabendo com toda a certeza que o Governo entrou na tal fase de fim de ciclo, os sinais de desmotivação começam a ser indisfarçáveis, sentindo-se mesmo uma vontade em inúmeros sectores para que seja posto fim a este pesadelo. Ao ver camaradas seus a aprovarem PECs uns a seguir aos outros em claro desacordo com a linha política original do partido, ao ver ministros da sua cor política a cometerem gafes consecutivas, ao sentir que o rumo político seguido norteia-se apenas pelo possível, afastando-se liminarmente do desejável, é natural a tal vontade de colocar rapidamente um ponto final num ciclo que já nada de bom poderá trazer ao partido e seus militantes.

Escusado será dizer que este sentimento está presente sobretudo em sectores do partido que não estão a beneficiar significativamente com a actual governação, i.e., que não estão dependentes da mesma a nível profissional. É esta independência que lhes possibilita algum desprendimento relativamente ao actual ciclo político. Por outro lado, como é evidente, este desejo nunca poderá ser assumido abertamente porque a ideia de “responsabilidade” não o permite. Ou seja, uma força política no poder não pode dar-se ao luxo de bater com a porta e ficar com o pesado ónus da irresponsabilidade perante a opinião pública. Defender tal ideia abertamente equivale a defender um quase suicídio em termos políticos.

E é com estes sentimentos contraditórios, com estas angústias e agonias que se encontram cada vez mais militantes e apoiantes férreos do PS. Como disse acima, é um sentimento natural, um desconforto que ocorre em todos os partidos no poder em fim de ciclo. Estranho seria se assim não acontecesse. De qualquer modo, este fenómeno demonstra bem a complexidade das dinâmicas internas nos partidos do centro que assumem rotativamente responsabilidades governativas.

Artigo hoje publicado no Esquerda.net

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Luke, I am your father

"Os Portugueses elegem políticos como os mais corruptos". Não vale a pena minimizar o papel da classe política na percepção de aumento da corrupção junto da opinião pública. No entanto, se calhar importa sublinhar uma daquelas verdades antigas que tende a ser esquecida: a classe política que temos é um reflexo de nós próprios. Ou seja, se temos uma classe política medíocre e permissiva quanto a fenómenos de corrupção, importa procurar as raízes de tal corruptibilidade, informalidade e permissividade na própria sociedade. A classe política não é algo exterior à sociedade em que se insere. Faz parte da mesma. convém não esquecer.
(Imagem: The Range Life)

@Pub

História do Natal Digital

.


(Via Shysnogud)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A estranha concertação social

Depois de ter feito manchete todo o dia, ficou-se sem se perceber muito bem quais são de facto as intenções do actual Executivo. Pretendeu-se tocar na necessidade de ajustamentos na lei laboral, mas sem se concretizar minimamente o que fazer. Ligar os salários à produtividade? Diminuir as indemnizações após despedimento? Ninguém percebeu muito bem...

Apenas se percebeu que se pretendem mudanças na lei laboral. No momento presente, parece ser a única ideia que se pretendia fazer passar. Estar-se-á simplesmente a picar o ponto perante as exigências externas de reforma da lei laboral? Ou, pelo contrário, a preparar a opinião pública para mais um sacrifício? Pois, não sei... Apenas sei que preferia a primeira opção.

Bolsa de Valores Sociais


Nestes tempos de apelo à solidariedade, vale sempre a pena lembrar a iniciativa Bolsa de Valores Sociais, onde se podem comprar acções para apoio a projectos sociais. Ė um conceito em que vale a pena investir. Com 10€ já se consegue fazer a diferença. Recomendo naturalmente.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Um pouco de transparência e de decência, sff




O artigo hoje publicado no DN acerca das contratações nas empresas publicas e elucidativo da apropriarão de recursos públicos levada a cabo pelos chamados partidos do arco da governação. Não e um exclusivo português, e certo, mas este tipo estudos devem ser incentivados para que haja um pouco mais de transparência e decência no mundo das contratações publicas.

- Posted using BlogPress from my iPad


sábado, 4 de dezembro de 2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Devia existir um FMI das Desigualdades

«Portugal apresenta o segundo valor mais alto no índice de desigualdade social da União Europeia, indica o livro "Desigualdades Sociais 2010 - Estudos e Indicadores", lançado hoje pelo Observatório das Desigualdades.» (Jornal i, 02/12/2010)

Perdoem-me o lirismo, mas devia existir uma espécie de FMI das desigualdades. Desembarcaria nas Portelas de cada país para colocar a casa em ordem quando as desigualdades se mostrassem gritantes.

Digno de um Sucessor

Embora com algum atraso, deixem-me dizer que o comentário de António Costa a criticar os que se estão a posicionar para o pós-Sócrates foi-lhe muito conveniente: uma óptima forma de se posicionar como sucessor... A política tem destes detalhes.
(Imagem: Maia Actual)

PS: Alterei ligeiramente o post porque pareceu-me que podia estar a induzir em erro quem o lia. Clarifiquei.