Taxista: "Where are you from?"
Eu: "Portugal"
Taxista: "Ah! Cristiano Ronaldo!"
Tive o presente diálogo ontem, quando acabara de chegar a Amã, Jordânia. Mas já o tive em quinhentas outra situações diferentes, com os mais diversos interlocutores. E tenho a certeza que cada um de nós já o experienciou cada vez que visitou o estrangeiro. A marca Cristiano Ronaldo é hoje a mais forte que Portugal tem. Não estou a ver qualquer uma que chegue sequer perto.
Podemos reagir lamentando o facto de sermos conhecidos como o país da bola, e não como um país de cultura, de conhecimento, de economia. Pessoalmente reajo questionando como é possível que um país tão pequeno, com 10 milhões de habitantes, consiga ser um gigante naquele que é o maior desporto do mundo. Conseguimos ser identificados pelo mais simples taxista da Jordânia, por um homem da restauração na China ou por um agricultor da África do Sul. É incrível. E se não tivéssemos Ronaldo, teriamos Mourinhos, Nanis e outros tantos, tal como já tivemos Figos e Eusébios.
Não, este não é um post à lá Miguel Gonçalves, sugerindo que devemos procurar fazer da crise uma oportunidade, blá, blá, blá. Apenas um texto recordando que por vezes conseguimos ser tão cépticos que nem nos apercebemos do valor que possuímos e que é reconhecido e invejado até externamente.
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