As tensões continuam dentro do PS entre os sectores mais próximos do actual líder e os sectores mais fieis a Sócrates. Curiosamente, não parece ser tanto uma divisão tipicamente ideológica que os separa, uma vez que não é fácil discernir se a linha de Seguro é mais à esquerda ou mais à direita do que a linha Sócrates. A tensão parece sim existir entre, por um lado, uma linha mais basista protagonizada por Seguro, que reflete um trabalho de anos na recolha de apoios nas distritais e concelhias do partido de norte a sul do país. Por oposição, a linha Sócrates tem a sua sustentação em elites urbanas, reforçadas por grupos sólidos de independentes, que não parecem querer que o seu legado seja agora mal-tratado no seio do partido.
(Imagem: © Alfredo Cunha/Global Imagens)
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