Nas duas últimas duas sessões da Assembleia Municipal de Lisboa, quando o Bloco sublinhou a urgência de soluções para este problema das cheias na cidade, o Vereador com o Pelouro da Protecção Civil, Carlos Castro, acusou-nos de querermos fazer política em torno da calamidade da cidade.
Quando respondemos que este era um problema recorrente, que acontecia todos os anos em diversas zonas da cidade e que devia ser acautelado, sobretudo tendo em conta o inverno que ainda nem começou, o Executivo camarário explicou-nos que o que ocorreu há três semanas correspondia a uma conjugação única de factores, impossível de prever. Uma conjugação de praia mar, frente fria que ocorreu em determinadas zonas da cidade e uma pluviosidade extraordinária.
A "conjugação única de factores", que ocorre todos os anos, e que ocorreu há três semanas, resolveu hoje dar um novo ar da sua graça. Aguardo com curiosidade o argumentário que será apresentado amanhã na Assembleia Municipal.
Como é evidente, seria estúpido achar-se que as décadas de má política urbanística e de impermeabilização do solo de Lisboa são responsabilidade do atual Executivo. Tão estúpido como achar que quem quer discutir este problema não está interessado em trabalhar na sua solução.
Foto: Semanário Sol
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