Em tempos de crise, a pressão para a poupança nos gastos públicos é cada vez maior. E embora se deva distinguir muito bem entre despesa pública e desperdício público, é indiscutível que este último não é bom em lado nenhum. Traçam-se então extensos planos de cortes, chegando-se ao paradoxo de, em tempos de crise, poupar-se extensamente nas prestações sociais.
Sem dúvida que a grande máquina do Estado - a Administração Pública - é um dos sítios onde melhor se deve procurar a poupança. Mas ao mesmo tempo que ouvimos falar em cortes cegos nas despesas, continuam a sair cá para fora notícias sobre frotas renovadas e outros gastos insultuosos. Cortar em baixo é fácil, mas as regalias em cima costumam manter-se.
Neste contexto, e para inverter tal tendência, quem melhor do que os funcionários de uma instituição/organismo para identificar onde se encontra o desperdício? Quem melhor do que eles para identificar onde há excesso de mordomias e regalias? Devia ser lançado um concurso a todos os funcionários públicos que consistiria apenas na seguinte pergunta: "No seu organismo, onde pouparia?". Embora fosse incómodo para as chefias públicas, garanto que o contributo para a redução da despesa pública seria grande.
(Imagem: Whidbey Island Bank)
(Imagem: Whidbey Island Bank)
2 comentários:
Nem mais, até porque a lista de aspectos a cortar seria bem longa.
Não seria um estudo dessa natureza altamente despesista? Brincadeiras à parte, se nas empresas privadas há despesismo e falta de produtividade - muitas vezes trabalhar horas em excesso é tudo menos positivo - que fará do sector público. Tenho esperança de que com o uso racional da informatica e com cruzamento de dados a poupança seja possivel.
Em vez de se cortar nas prestações sociais, seria preferível apostar na fiscalização e na tributação de quem se evade de pagar os seus impostos.
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