Julgo ser consensual que, com os episódios das negociações do Orçamento, o declínio deste ciclo político de José Sócrates tornou-se ainda mais evidente. Chegou-se a um ponto onde os reveses são tão grandes que uma série de perguntas começam a impor-se: O que mantém actualmente o PS preso ao poder? Porque não bate com a porta? Prefere governar em estado de decadência, com medidas impopulares, encostado à parede e fazendo o trabalho sujo para o governo PSD que se segue?
Como é evidente, são perguntas meramente retóricas. As motivações para a manutenção no poder mesmo em clima claramente adverso são inúmeras, das mais altruístas às mais egoístas. Mas existe também um sentimento que se começa a notar em algum eleitorado tipicamente socialista: a vontade mais ou menos subconsciente que este governo caia o mais rapidamente possível, colocando-se assim fim a um período que já é de má memória no percurso do partido.
(Imagem: Despertando Tu Ser)
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