domingo, 1 de maio de 2011

O país dos livros


A Feira do Livro deixa-me sempre embasbacado com o quanto se consegue publicar em Portugal. Num país com os conhecidos problemas na estrutura de qualificações, mesmo assim edita-se anualmente um número impressionante de livros. Até podem ser edições com tiragens mínimas, mas a vitalidade do nosso mercado livreiro mostra bem que nem tudo vai (assim tão) mal neste rectângulo à beira mar plantado.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pode ficar embasbacado, mas a conclusão é errada. Ao contrário. Tudo vai mal no nosso mercado editorial:concentração de editoras, concentração livreira, concentração de distribuidoras. O resultado é que os livros não estão nas livrarias tirando a ficção dos «best-sellers» e suas coloridas capas de mau gosto...
Os clássicos estão esgotados, ou nunca foram traduzidos, no caso dos de autores de línguas estrangeiras, e o papel impresso continua a sair mensalmente das tipografias. Paralelamente os grandes grupos editoriais mandam para o papel reciclado dezenas de milhares de obras importantes que dizem não caber mais nos armazéns, a Imprensa Nacional diz o mesmo, embora edite livros com o dinheiro da sogra. Uma explicação? Lavagem de dinheiro, narcisismo, apostas erradas, gestores de empresas de salsichas (tem de vender os produtos enquanto estão frescos...) que chegaram à área do livro e mais um mistério, o das irracionalidades da chamada «economia nacional».