sábado, 9 de julho de 2011

Grande abraço, Diogo!





Todos sabemos que a morte é uma das inevitabilidades da vida. Trata-se de um daqueles lugares comuns que utilizamos para amortecer quando uma má notícia desse tipo nos chega. Mas nunca é uma verdade que nos convença, precisamente porque a ideia de nunca mais vermos alguém é dificilmente atingível.

Tive o privilégio de trabalhar com o Diogo Vasconcelos. Ele era então o gestor da Unidade de Missão inovação e Conhecimento, o organismo onde comecei a minha carreira profissional. O Diogo era o que até hoje tenho como referência quando oiço a palavra "líder". Alguém incansável, que queria sempre avançar, que queria sempre mais, que via oportunidades onde mais ninguém sonhava. Era, sem dúvida, um visionário, que inspirava pela sua capacidade de ver mas também de concretizar, ultrapassando quaisquer obstáculos com uma energia contagiante.

Confesso que, cá no intimo, sempre gostei de pensar que fazia um pouco parte da sua escola. E julgo que estou longe de ser único de entre aqueles que com ele partilharam os anos de 2003 a 2005. Porque era de facto impossível não se ser contagiado pela sua atitude, pela sua postura, pela sua certeza inabalável que uma Sociedade da Informação e do Conhecimento podia fazer deste mundo um lugar melhor. Contagiava-nos com o seu espírito de missão em torno destas temáticas.

Numa estranha coincidência, precisamente quando venho a Londres passar um fim-de-semana de férias, sou surpreendido com a sua partida. Não há palavras... Pude despedir-me dele dando uma curta mas sincera palavra de força aos seus familiares. Todas as pessoas são especiais, mas algumas conseguem sê-lo de forma arrebatadora. Era sem dúvida o seu caso. Grande abraço, Diogo!

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