Dúvidas voltam a surgir quanto ao passado profissional de Sócrates. Uma análise à sua actividade na Câmara da Guarda entre 1987 e 1991 deixa inúmeras dúvidas, com processos pouco claros, suposto incumprimento do dever de exclusividade por ser deputado na altura, entre outros aspectos.É sempre questionável este vasculhanço de um passado que remonta há 20 anos atrás, como se não fosse razoável algum direito ao esquecimento. Uma autêntica caça à notícia, investigando-se até ao último pormenor o percurso de Sócrates. Mas se tivermos em conta que se trata de um primeiro-ministro, se calhar deixa de ser assim tão questionável.
Alguns argumentarão que o primeiro-ministro é um cidadão igual aos outros, com direito a não ser permanentemente acossado por uma comunicação que coloca em causa o seu carácter e o seu bom nome. O problema é que a base do argumento está errada. O primeiro-ministro não é um cidadão igual aos outros. Estranho seria se as expectativas que sobre ele recaem fossem iguais às de qualquer cidadão comum.
(Imagens: Ana Jesus Ribeiro)
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