terça-feira, 30 de novembro de 2010

I have the power!

É verdade, já tenho um IPad. Fiz parte dos cromos que deram um saltinho hoje de manhã à Worten (Colombo) e compraram o brinquedo mais desejado deste Natal. Depois da euforia de ter finalmente "o brinquedo" (yeah!!), estou agora na fase dos remorsos por ter gasto tanto dinheiro com um brinquedo (fuck!!!). Esta coisa do consumismo compulsivo de gadgets é terrível...
(Imagem: Venture Beat)

5 comentários:

Anónimo disse...

Acho irónica esta esquerda com o discurso proletário postiço a comprar, porventura com cartão golden do millenium, os gadgets do capitalismo da globalização. Seja como for o I-Pad é um "brinquedo" fabuloso...aproveita que não é para todos.
JNAS

Kaleo disse...

Há algum tempo que vos acompanhámos, tomamos a liberdade de colocar o vosso link no nosso blog.

Cumprimentos,

http://www.fogemariafoge.blogspot.com/

João Ricardo Vasconcelos disse...

Exacto, JNAS. Já não há esquerda como noutros tempos.
Agora já têm carro, casa e viajam nos aviões do capitalismo. Como se não bastasse, até compram gadgets, os malandros! É uma vergonha, sem dúvida.

Rui Sousa, Madeira Spotters disse...

:))
Confesso que achei a história da Esquerda quase tão (ou mesmo mais) interessante que o I-Pad...LOL
De qualquer forma, o pessoal não devia ter vergonha de dar a cara (ou pelo menos o nome...)
Não tenho problemas em assumir o que digo ou penso e até tendo a concordar com o JNAS...
De qualquer forma, fico à espera de saber se isso vale mesmo toda a euforia ou se a única coisa boa é mesmo o marketing....

Paulo Sousa Mendes disse...

Um gajo de esquerda não pode, nem deve comprar gadgets do capitalismo da globalização. Por isso, terá de passar fome, pois tudo é produto do capitalismo da globalização.
Se o I-Pad, ou outro produto, for produto do trabalho de alguém que é remunerado justamente, então será, politicamente, mais correcta a sua compra, por parte de um esquerdista revolucionário, em detrimento da compra de produtos muito baratos, que só o são, porque foram produzidos, a partir da exploração da mão-de-obra; como por exemplo, numa qualquer loja dos «chineses».
Será interessante notar que a imagem de marca do capitalista é de alguém com fraque, chapéu de coco e a fumar um charuto... cubano (daqueles comunistas cubanos). Por isso, capitalista que se preze não pode fumar charutos cubanos, só charutos alemães enrolados nos Açores. Bem, se calhar, preferem fumar charutos cubanos, porque sabem que são produzidos, graças à exploração da mão-de-obra, por parte de um Estado que se diz esquerdista. Lá está o preconceito outra vez… que chatice.
Quanto ao I-Pad, não sei, se será útil e se o seu preço compensa, ainda mais, quando uma parte significativa desse preço está associada ao factor ‘novidade’. Eu, enquanto esquerdista, continuo a preferir o meu desktop e o meu netbook. Mas é, somente, a minha opinião, como utilizador de gadgets.