Sócrates antecipou ontem um dos cenários que mais dores de cabeça pode provocar no pós-5 de Junho: e se o PS ganhar por um curta margem e o PSD e o CDS se apresentarem juntos prontos para governar? Como é natural tendo em conta os cenários em causa, o actual primeiro-ministro defendeu que deverá ser o partido mais votado a formar governo.
Mas se é certo que, num acto eleitoral, a obtenção do primeiro lugar nas votações é o mais determinante de todos os factos, nos sistemas de raiz parlamentar importa sim que o governo seja suportado por uma maioria. Assim sendo, caso exista uma alternativa maioritária mais abrangente do que o partido mais votado, nada impede que o Presidente da República convide tal alternativa a formar governo. Será sempre uma solução com fragilidades, mas pode ser encarada (e vendida) pelo o Chefe de Estado como um mal menor.
Mas se é certo que, num acto eleitoral, a obtenção do primeiro lugar nas votações é o mais determinante de todos os factos, nos sistemas de raiz parlamentar importa sim que o governo seja suportado por uma maioria. Assim sendo, caso exista uma alternativa maioritária mais abrangente do que o partido mais votado, nada impede que o Presidente da República convide tal alternativa a formar governo. Será sempre uma solução com fragilidades, mas pode ser encarada (e vendida) pelo o Chefe de Estado como um mal menor.
2 comentários:
Num cenário destes Cavaco (Páu-de-canela para os amigos) s+o pode fazer uma coisa: nomear Primeiro-ministro aquele que for indicado pelos partidos que apresentam um cenário de maioria parlamentar estável. O país não está em condições de ser governado num quadro de maioria relativa à mercê do "camarada" Louçã e comandita.
Gostemos ou não, só muito excepcionalmente um governo de maioria relativa PS foi suportado pelos partidos à sua esquerda. Dizer, portanto, que o PS ficaria à mercê dos "camaradas" à sua esquerda é esquecer que foi à direita que o PS sempre encontrou "camaradas".
Enviar um comentário