Confesso que encarei a aposta da edição diária do Expresso como apenas mais uma forma, sem grandes certezas, de explorar novos caminhos num mercado dos média que ainda não se conseguiu ajustar de forma sustentável aos novos tempos. Mas existem três opções nesta edição de diária que fazem particular sentido:
- Porquê uma edição online no tempo dos portais de notícias gratuitos? Para determinado segmento do mercado, mais do que navegar de portal em portal ou flutuar pelos leitores de RSS, privilegia-se uma edição completa e finita que permita passar diáriamente o que de mais importante se passou.
- Porquê uma edição diária? Numa altura em que todos os órgãos de comunicação são "obrigados" a ter uma presença web em permanente atualização, inclusive os semanários, a criação de uma edição diária é uma forma de rentabilizar o esforço já feito, abrindo portas a novas receitas com as assinaturas, ao mesmo tempo que se fideliza quem já assinava.
- Porquê um vespertino? Para um determinado segmento do mercado, a disponibilidade para o consumo de notícias acontece sobretudo à noite, e não de manhã. Como tal, a possibilidade de ler um produto que reflete já o que se passou no próprio dia faz particular sentido.
Se a isto somarmos o facto de ser edição feita a pensar em quem consome jornais utilizando o tablet, percebe-se que o novo produto da Impresa acaba por inovar de forma bastante inteligente no mercado nacional.
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