quarta-feira, 18 de junho de 2014

E suspender o mandato em Lisboa, hein?


Acho que os responsáveis públicos não devem por defeito ser obrigados a abdicar/suspender os seus cargos públicos quando se candidatam a outros cargos públicos/políticos. Se tal acontecesse, concordo que tal limitaria de forma despropositada a desejável competição entre atores políticos, a meritocracia, etc. No entanto, tal não me impede de considerar que existem casos em que a suspensão do mandato, não sendo obrigatória, faz particular sentido.

No momento atual, com a luta intensa na liderança do PS, é um bizarro vermos António Costa a mudar de camisola várias vezes por dia. Ora está em atividades como presidente da Câmara, ora como candidato a líder do PS, criando-se confusões como as de hoje que não são saudáveis. A utilização de meios públicos para fins partidários (como o carro em que se desloca, por exemplo, ou a exposição de que beneficia em eventos em Lisboa) tornar-se-á evidente. E repare-se que este reboliço irá intensificar-se cada vez mais nos próximos meses. 

Por uma questão de bom senso, transparência, clareza, Costa deveria suspender o mandato até às diretas do seu partido.

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