Há duas semanas atrás, Passos Coelho afirmou o seguinte: "Não usaremos nunca a situação que herdámos como uma desculpa para aquilo que tivermos de fazer. Daremos, por uma vez, um bom exemplo de poupar ao país durante meses o exercício de evocar a circunstância que herdámos." Uma afirmação que soou perfeitamente contra-natura vinda de quem se preparava para assumir um Executivo...
Hoje, no dia em que apresentou o PEC 5, vejamos como o primeiro-ministro enquadrou o que se preparava para anunciar: "O estado das contas públicas força-me a pedir mais sacrifícios aos portugueses". Comentários para quê? Pode alguém ser quem não é?
(Imagem: Pynguyn)
1 comentário:
Qual é a surpresa com o comportamento político de Passos? E isto não vai ficar por aqui.
Passos afinal, parece não sabia o que estava a herdar (diz-nos ele, e nós acreditamos, não é verdade?!), mas na verdade, qualquer argumento se arranjaria para sustentar este PEC 5 draconiano. Se não fosse a publicitação do primeiro défice trimestral, acima do esperado e do anunciado, outra coisa seria. São ousados estes rapazes! Nem esperaram por Setembro! Começaram, desde já a semear a recessão. No final de Junho!
Claro que o consumo interno vai retrair-se. (No que me toca, ainda não tinha terminado o debate na Assembleia e face ao anúncio do corte no subsídio de Natal, já me encontrava ao balcão da ZON a pedir a cessação do serviço. Coisa supérflua, quando se tem um prato de satélite.)
Enfim! É fartar vilanagem: os neoliberais estão no poder. Toca a saquear. É o rapar do pote por esta pandilha!
Enviar um comentário