O buraco financeiro que Alberto João Jardim escondeu está de facto a indignar profundamente o país. Sucedem-se as reacções estupefactas e indignadas sobre os 1,6 mil milhões que o governo madeirense encobriu. Num tempo à partida propenso ao surgimento de caças a bruxas causadoras dos grandes males nacionais, Jardim pôs-se a jeito, é certo. Mas é particularmente interessante verificar o espanto vindo de alguns sectores que até hoje assumiram posturas pouco mais do que contemplativas do que se ia passando na Madeira.
Alberto João Jardim não conseguiu a fama que actualmente detém de um dia para o outro. Pelo contrário, tal foi conseguido degrau a degrau, façanha a façanha, dia após dia. E torna-se até redundante estar a detalhar a dimensão da sua “excentricidade”. No que aos domínios financeiros diz respeito, lado a lado com os empreendimentos que há muito deixam boquiabertos os visitantes do arquipélago, também não são recentes as rotineiras exigências de perdão da dívida madeirense, que sempre foram obtendo feedback positivo dos Executivos de diferentes cores. As façanhas de Jardim nestes domínios não são portanto uma novidade.
Mas é sobretudo a nível político que a (má) obra de Jardim se faz notar. Desde expulsão de jornalistas em conferências de imprensa, boicotes diversos a um jornal diário que se recusa a cair sob a sua influência, inaugurações aos montes em tempo de campanha eleitoral, inúmeras desconsiderações com a Assembleia Legislativa Regional e seus deputados, recusa em aplicar a lei das incompatibilidades dos titulares de cargos públicos, recusa em receber a Comissão Nacional de Eleições, insultos variados a detentores de cargos políticos nacionais, entre muitos outros exemplos.
Curiosamente, tudo isto sucedeu sem que se tenha vislumbrado qualquer oposição séria por parte do seu partido. Pelo contrário, a desculpabilização da sua “exotismo” é uma constante no partido laranja. A título de exemplo, importa não esquecer que foi durante a presidência do PSD de Marcelo Rebelo de Sousa que João Jardim ascendeu a vice-presidente do partido e posteriormente a presidente da mesa do congresso. Por seu turno, mesmo aqueles que fizeram da seriedade a sua bandeira, como Marques Mendes, Ferreira Leite ou mesmo Passos Coelho, não lhe resistiram assim que assumiram as rédeas do partido. Veja-se também a passividade paradigmática de Cavaco Silva, apelidado de Sr. Silva por Jardim antes de ascender a Belém, mas que pouco depois da eleição se deslocou à Madeira para abençoar o líder madeirense.
E infelizmente não é só nos círculos laranja que Jardim é relativizado. Mesmo na oposição, tal tem acontecido nos sectores menos esperados. Importa recordar com estranheza a contemplação com que o então Presidente Jorge Sampaio sempre olhou para Jardim, sem nunca ter exercido a sua magistratura para retirar consequências dos seus actos. Vale também a pena recordar o episódio em que, numa visita à Madeira enquanto presidente da Assembleia da República em 2008, Jaime Gama elogiou veementemente Jardim e a sua obra na região, perante a estupefacção do país.
Jardim é o resultado de uma passividade transversal. Não deixa portanto de ser curioso que esta grande indignação contra o presidente madeirense surja apenas quando a sua acção ameaça gravemente os bolsos dos portugueses. Como até então era apenas uma ameaça ao regular funcionamento das instituições democráticas, aí era chato, mas tolerava-se. Por outro lado, a estupefacção de muitos sectores perante o que agora se descobriu é engraçada. Como se fosse possível estar-se surpreso com uma “marotice” vinda de alguém que não se cansa de mostrar que o céu é o limite. A estupefacção destes sectores tem um nome: profundo embaraço.
Alberto João Jardim não conseguiu a fama que actualmente detém de um dia para o outro. Pelo contrário, tal foi conseguido degrau a degrau, façanha a façanha, dia após dia. E torna-se até redundante estar a detalhar a dimensão da sua “excentricidade”. No que aos domínios financeiros diz respeito, lado a lado com os empreendimentos que há muito deixam boquiabertos os visitantes do arquipélago, também não são recentes as rotineiras exigências de perdão da dívida madeirense, que sempre foram obtendo feedback positivo dos Executivos de diferentes cores. As façanhas de Jardim nestes domínios não são portanto uma novidade.
Mas é sobretudo a nível político que a (má) obra de Jardim se faz notar. Desde expulsão de jornalistas em conferências de imprensa, boicotes diversos a um jornal diário que se recusa a cair sob a sua influência, inaugurações aos montes em tempo de campanha eleitoral, inúmeras desconsiderações com a Assembleia Legislativa Regional e seus deputados, recusa em aplicar a lei das incompatibilidades dos titulares de cargos públicos, recusa em receber a Comissão Nacional de Eleições, insultos variados a detentores de cargos políticos nacionais, entre muitos outros exemplos.
Curiosamente, tudo isto sucedeu sem que se tenha vislumbrado qualquer oposição séria por parte do seu partido. Pelo contrário, a desculpabilização da sua “exotismo” é uma constante no partido laranja. A título de exemplo, importa não esquecer que foi durante a presidência do PSD de Marcelo Rebelo de Sousa que João Jardim ascendeu a vice-presidente do partido e posteriormente a presidente da mesa do congresso. Por seu turno, mesmo aqueles que fizeram da seriedade a sua bandeira, como Marques Mendes, Ferreira Leite ou mesmo Passos Coelho, não lhe resistiram assim que assumiram as rédeas do partido. Veja-se também a passividade paradigmática de Cavaco Silva, apelidado de Sr. Silva por Jardim antes de ascender a Belém, mas que pouco depois da eleição se deslocou à Madeira para abençoar o líder madeirense.
E infelizmente não é só nos círculos laranja que Jardim é relativizado. Mesmo na oposição, tal tem acontecido nos sectores menos esperados. Importa recordar com estranheza a contemplação com que o então Presidente Jorge Sampaio sempre olhou para Jardim, sem nunca ter exercido a sua magistratura para retirar consequências dos seus actos. Vale também a pena recordar o episódio em que, numa visita à Madeira enquanto presidente da Assembleia da República em 2008, Jaime Gama elogiou veementemente Jardim e a sua obra na região, perante a estupefacção do país.
Jardim é o resultado de uma passividade transversal. Não deixa portanto de ser curioso que esta grande indignação contra o presidente madeirense surja apenas quando a sua acção ameaça gravemente os bolsos dos portugueses. Como até então era apenas uma ameaça ao regular funcionamento das instituições democráticas, aí era chato, mas tolerava-se. Por outro lado, a estupefacção de muitos sectores perante o que agora se descobriu é engraçada. Como se fosse possível estar-se surpreso com uma “marotice” vinda de alguém que não se cansa de mostrar que o céu é o limite. A estupefacção destes sectores tem um nome: profundo embaraço.
Artigo publicado hoje no Açoriano Oriental
(Imagem: Portimão Blokista)
2 comentários:
jardim nao corta os s aos funcioarios publicos ele k nao poupe para para as tragediask costuma haver na madeira nao venha pedir nos para ajudar ele faz isto com o dinheiro do continente ele ja devia estar a muito tempo a passar ferias na libia ele e o arafate portugues ele deve pagar com o dinheiro dele sera k ninguem envestiga a riquesa dele
jardim meteme noxo pok pensa k e osenhor do mundo ele engana os madeirenses com uma lata nao tem vergonha na tromba ele nem perfil tem para para aparecer na televisao comportase comoestupido arrogante palhaço mal educado ele e k pensa k tem graça eu sou madeirense mas numca votei nele mais pelo motivo de ele metido muitos familiares madeirenses abrao olhos
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