terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Tó Zé, seguras-te?
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Troca-Tintismos
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Disciplina, mas pouco
Os partidos pressupõem sempre alguma disciplina. De qualquer modo, levá-la à letra ou sequer ser-se exigente a este respeito desencadeará sempre visões pouco democráticas internamente. Situações castrantes da liberdade de cada um, do direito a ter opinião própria, de oposição interna, entre outras dimensões. No fundo, a disciplina existe, mas pode e deve ser quebrada. É mais prudente ser-se bastante flexivel a este respeito. De outro modo, em vez de partidos, teríamos bandos de carneiros.
Este processo de purga interna em curso no PSD é de uma loucura total. A possibilidade de expulsar militantes que apoiaram/integraram outras candidaturas, como António Capucho por exemplo, é totalmente doentio. Já sabíamos que o poder ataca facilmente as cabeças menos arejadas. Mas ver um partido com a experiência do PSD a fazê-lo roça o inacreditável.
Miróbolante
Percebo que termos uma semana inteira a discutir Miró foi, no mínimo, insólito. Percebo também que podem existir posições muito diversas e legitimas quanto a mantermos ou não os quadros.
Mas no meio da discussão, surpreendeu-me a quantidade de opinion makers que dizem não entender a importância de mantermos esta significativa colecção em Portugal. Porque ninguém virá a Portugal ver Miró...
Gostemos ou não, Miró é provavelmente um dos pintores do século XX mais conhecidos em todo o mundo. Top 10 seguramente. E os Mirós são sempre cabeças de cartaz em todos os grandes museus de arte contemporânea do mundo, seja no Reina Sofia, no Pompidou, no Tate ou no MoMA.
Podemos achar muita coisa. Mas ter uma colecção destas no Museu do Chiado, em Serralves ou na Gulbenkian não seria um pormenor. Sejamos sérios...
O Mandela da Lusofonia
Boa entrevista de Xanana ao DN. Mais do que as suas considerações sobre a crise Portuguesa e Europeia, que me parecem assertivas mas normais, continua a surpreender-me a sua serenidade. Uma serenidade, uma tão grande vontade de paz, de cooperação, de fraternidade vinda de um ex-guerrilheiro que sentiu e sofreu na pele a resistência não é algo que passe despercebido. Grande Xanana.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Ah, antes que me esqueça
Acho a história do sorteio das facturas uma bimbalhice inacreditável. Ainda me custa acreditar que uma das grandes apostas da política nacional de fuga aos impostos assenta num concurso de facturas que habilitam o cidadão a um carro. De grande cilindrada, note-se! L-I-N-D-O!
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
What the fuck is praxe?
Ontem consegui ver em diferido o famoso Prós&Contras sobre as praxes. Fiquei comovido. Comovido por ter ficado a saber que aquilo que todos pensávamos ser praxe, afinal não é considerado praxe pelos defensores das praxes. Ou seja, não é praxe a subalternização dos novos alunos, não é praxe colocá-los de quatro, não é praxe pintar lhes a cara e atirar lhes farinha e ovos para cima, não é praxe obrigar-lhes a limpar casas de banho ou medir campos de futebol com palitos. Também não é praxe obrigá-los a fazer figuras tristes.
Tudo o que o documentário Praxis mostra, e que podemos hoje ver quando nos aproximamos de qualquer universidade no principio do ano lectivo, não é praxe. Ah, e esqueçam lá essa coisa dos códigos de praxe porque isso também não é praxe.
Mas afinal, o que raio é a praxe? What the fuck is praxe, perguntamos nós? Pelos vistos, a praxe para os defensores da praxe limita-se a umas aulas fantasmas e a ditar umas bibliografias em latim. Fazer serenatas e usar o traje é praxe. Mostrar aos novos alunos as instalações da nova faculdade, os núcleos desportivos e culturais que possui, isso sim é a verdadeira praxe. Fiquei comovido, a sério.
Hoffman
Hoffman remete-nos fatalmente para grandes filmes. Lembro-me sempre do seu deliciosamente perturbante papel em "Happyness". O filme passou algo despercebido, mas recomendo vivamente a quem nunca viu. É bem capaz de estar no meu Top 10 de filmes.
O oráculo italiano?
Em Itália, com o aproximar das Europeias, o Grilismo surpreende cada vez mais, com insultos e até violência no parlamento. Vale tudo, e Beppe Grillo assume-o, no que já é apelidado de "pornopopulismo".
Itália continua a ser um oráculo do caminho do possivel colapso dos sistemas políticos democráticos, tal como os conhecemos nos dias que correm. Apesar de ser um dos países do G8, a fragilidade do seu sistema político é evidente.
O seu sistema partidário colapsou há uns anos atrás, mostrando estar saturado de um centrismo que não respondia às espectativas do eleitorado. Deu origem a uma multiplicidade de forças políticas difíceis de enquadrar num eixo simples de Esquerda vs Direita. No meio da barafunda de partidos, surgiu então Berlusconi, um fenómeno difícil de compreender num país com o nível de desenvolvimento de Itália. Como se Berlusconi não fosse já pornográfico numa democracia, eis que surge Beppe Grillo, o derradeiro carrasco.
O caso italiano devia ser melhor estudado e entendido como um verdadeiro aviso. Já todos sabíamos que a democracia não é o fim da história. Mas o caminho da sua degradação é uma caixinha de surpresas, como o caso italiano muito bem demonstra.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
A Esquerda devia aprender com a Direita
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
As Jotas
Começo a ficar cansado de citar Pacheco Pereira, mas aqui vai mais uma... Escreve este fim de semana no Público sobre como as Jotas do PS e PSD penetram nos aparelhos governamentais (dos gabinetes às empresas públicas, passando pela Administração Pública), e como levam a cultura do profissionalismo político para estas entidades. Uma boa análise, sem dúvida.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Eu é que sou a verdadeira vanguarda
Bom artigo de São José Almeida no Público de ontem. Atribui a falta de unidade da esquerda em Portugal a mais um factor: o Leninismo que ainda faz muita escola na esquerda à esquerda do PS. Ou seja, cada força política continua a considerar-se como a grande vanguarda que conduzirá sozinha as massas ao socialismo. Já tinha ouvido diversas teorias sobre esta falta de unidade (nomeadamente o fosso criado em 74/76 entre o PS e a restante esquerda). Confesso que esta não deixa de ser interessante, se consumida com moderação.