segunda-feira, 10 de maio de 2010

A reacção tardia (e propositada?)

E depois de ataques especulativos sem precedentes, que causaram que os juros das dívidas públicas disparassem, que a situação social na Grécia se agravasse e que o nervosismo em Portugal (e Espanha) alastrasse, a Europa finalmente chegou a um acordo. Um acordo que até parece ter sido propositadamente atrasado, aproveitando-se a situação de pânico para responsabilizar os prevaricadores e obrigar a sérias medidas de combate ao défice. No fundo, uma espécie de paternalismo que deixa que o susto surta os seus efeitos para que no futuro as crianças travessas não voltem a fazer as mesmas asneiras.
(Imagens: MCM Videos)

2 comentários:

Bilder disse...

E quem sabe também criar mais mecanismos federalistas na União,como diria alguém deixa-se aumentar um problema determinado para depois vir com a solução!
Mas claro para tudo ficar igual,ou seja os grandes financeiros a comerem os(mais ou menos conforme as agencias de rating)os juros das nações criando sempre mais divida!
A grande questão será: com que objectivo??...

Diogo disse...

Caro Ricardo,

Há uma pergunta que se deveria colocar a si próprio. Porque é que nos estatutos do BCE está escrito que só pode emprestar dinheiro a bancos e não a países. Porque o que se passa é que o BCE empresta aos bancos comerciais a 1% e estes, por sua vez, emprestam aos países a 5 ou a 6 %. Já se lembrou de questionar a sério o que é o BCE e para quem trabalha?