Uma entrevista feita por Nuno Rogeiro e Martim Cabral a Passos Coelho só podia ser uma autêntica passadeira vermelha para o entrevistado. O perfil político dos dois entrevistadores assim o determinava. Curiosamente, Passos passeou-se tão bem pela referida passadeira que acabou por escancarar todas as debilidades do seu posicionamento.
Num momento em que a casa europeia está a pegar fogo, não vimos o primeiro-ministro afastar-se um milímetro do rumo seguido até aqui, não vimos qualquer preocupação contra o actual directório franco-alemão, não vimos um pensamento estratégico sobre como um país pequeno e periférico como Portugal pode tentar sequer tentar fazer valer um pouco os seus interesses no panorama europeu. Zero...
Ficámos com a certeza que se o barco europeu (e português) for ao fundo, Passos fará com certeza parte da orquestra que dará música até ao fim.
(Imagem: Ma que jeto, mosso)
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