
Não deixa de ser curioso verificar que o novo dono do BPN, o BIC, é liderado por Mira Amaral, antigo ministro de Cavaco Silva que partilhou durante vários anos o Conselho de Ministros com Dias Loureiro. O mundo é pequeno.
(Imagem: Small World)




Sendo ainda muito recente o massacre norueguês, encontramo-nos naturalmente na fase do “como foi possível”. Como foi possível que alguém seja capaz de fazer explodir uma bomba no centro de Oslo e de matar friamente a tiro durante uma hora e meia 85 jovens? Como foi possível tamanha monstruosidade? Como foi possível que tudo se tenha passado na Noruega, a casa do Nobel da Paz e um daqueles países onde elogiosamente se diz que “nada acontece”? E, mais intrigante ainda, como foi possível que tal monstruosidade tenha sido feita por um norueguês cristão e não por um barbudo de pele e ohos escuros a citar versículos do Corão?
São mais do que sabidas as peculiaridades dos estados de graça na acção governativa. Tipicamente após a sua eleição, os governos beneficiam deste período de tréguas que lhes permite olear a máquina e ganhar fôlego para o mandato que então se inicia. Assiste-se a uma espécie de tríade misecordiosa perante a acção governativa. Em primeiro lugar, um eleitorado que se mantém na expectativa e que procura então alguma acalmia e estabilidade após o rebuliço eleitoral recente. Por outro lado, e intimamente ligada a esta questão, temos grande parte da oposição obrigada pelo eleitorado a dar algum espaço ao novo Executivo. Como último vértice da mencionada tríade, temos uma comunicação social e respectivos painéis de comentadores com uma acutilância notoriamente suavizada. O fair playdemocrático assim o exige.





Até pode ser que se venha a revelar mais uma tentativa falhada de rede social do Google, mas os primeiros sinais não o indicam. Tirando todo o partido do mundo Google (Gmail, Blogger, You Tube, GTalk, Android, etc), o G+ está a ter uma óptima capacidade de contágio a nivel nacional e internacional. O Activismo de Sofá, através do perfil do seu autor, já lá está. 




Como está a ser sublinhado em todo o lado, é curioso acompanhar a reacção de inúmeras vozes da direita política ao corte do rating a Portugal. Antigamente (vulgo antes de 5 de Junho), o episódio originaria um "precisamos de restabelecer a nossa credibilidade junto dos mercados, precisamos de mais austeridade, de mais redução da despesa". Agora, temos de nos contentar com uma espécie de engasganço mal disfarçado. Já não há direitas como antigamente... 
