quinta-feira, 5 de março de 2009

No país das campanhas, das cabalas e das pressões…

António Cluny afirma que existiu uma campanha, levada a cabo por “forças poderosas”, para tentar condicionar os magistrados encarregues de investigar o caso Freeport. Embora as procuradorias gerais distritais e os DIAPs afirmem desconhecer as referidas pressões, o Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público afirma que a campanha existiu.
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No país das cabalas, das pressões, dos poderes ocultos e das forças poderosas, até acho graça que o Cluny venha agora fazer uso do termo “campanha”, expressão muito em voga nos dias que correm. De forma enigmática, refere-se a “um determinado fim-de-semana” em que a imprensa denunciou “existências de restrições, vigilâncias, escutas, processos-crime contra magistrados”.
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Não sei bem a que se refere. Mas se fosse para falar em pressões e campanhas sobre os magistrados, elegeria as dúvidas e suspeições lançadas pelo primeiro-ministro e muitos dos seus ministros sob o lema da “campanha negra”. Isso sim criou, a meu ver, um clima de pressão do poder político sobre a justiça pouco admissível.

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