segunda-feira, 2 de março de 2009

Notas soltas sobre o Congresso do PS

1 – Foi um congresso pouco animado, ou um “não-acontecimento” como lhe chamaram alguns. Mas, objectivamente, estranho seria que um Congresso de um partido no governo com maioria absoluta pudesse ser animado, com forte discussão de ideias, sem unanimismos.

2 – O exemplo do pouco interesse do Congresso foi o excessivo relevo dado pela comunicação social à ida ou não de Manuel Alegre. Parecia que nada mais havia a comentar.
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3 – O malhanço de António Costa na BE não lhe ficou nada bem. Em primeiro lugar porque este tipo de comportamentos não estava associado até ao presente à sua figura. Em segundo lugar porque soou a “agora que sei que não consigo o vosso apoio futuro na CML, tomem lá, seus palermas!”.
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4 –Vital Moreira é uma boa opção? Tenho algumas dúvidas. Embora alguns considerem-no uma figura que conseguirá ir buscar o eleitorado que está a fugir para a esquerda, tenho a impressão que algum desse eleitorado criou anticorpos contra o professor de Coimbra. Por outro lado, dado o seu passado e as prioridades expressas, não sei se convencerá muito o eleitorado mais ao centro. Se a isto acrescentarmos o facto de não ser uma figura muito mediática… Mas a ver vamos, a ver vamos.
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5 – O apagão no sábado à noite acabou por ser dos momentos mais curiosos. Começaram desde logo a criar-se piadas sobre as “campanhas negras” e os “poderes ocultos”.
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6 – O anúncio bolsas de estudo entre os 15 e 18 anos para apoiar a escolaridade obrigatória é naturalmente uma boa medida. É a cereja em cima do bolo do discurso à esquerda que todo o Congresso quis deixar transparecer. Terão os portugueses assim tão pouca memória? A ver vamos.

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