terça-feira, 17 de março de 2009

Os perigosos jornalistas 2.0

Que os jornalistas têm opinião, todos já sabíamos. Mas antigamente, apenas alguns jornalistas privilegiados beneficiavam de uma coluna de opinião num jornal ou de 5 minutos na rádio ou na televisão. Hoje, com blogs, twitters e facebooks, já não é assim. E no último ano ou dois, tal tem-se manifestado particularmente em Portugal.

Diversos jornalistas têm os seus espaços online. E são espaços muito procurados, não fossem os seus autores cidadãos particularmente informados sobre tudo o que se passa na actualidade. Alguns ainda mantêm um tom de alguma isenção jornalística. Mas muitos manifestam livremente as suas opiniões e comentários assinando por baixo.
.
O jornalista deixou de ter de ser um analista ou relator de acontecimentos sem opinião própria. É uma nova realidade para o qual os diversos actores políticos ainda se estão a habituar. Se os jornalistas já eram perigosos, a sua versão 2.0 impõe ainda mais respeito. Que o diga o ministro Rui Pereira que viu um episódio que seria absolutamente trivial há meia dúzia de anos ser catapultado para os jornais de hoje. A fiscalização aos detentores de cargos políticos está mais apertada. A democracia está mais exigente. Ainda bem que assim é.

Sem comentários: