É capaz de ser um dos temas mais antigos da democracia portuguesa e, não por acaso, um dos que continua a despertar sempre grande interesse. Precisamente porque a forma como se estruturou o sistema de partidos em Portugal colocou grandes barreiras entre as forças políticas do referido espectro.
A reunião de hoje (6ª feira) entre Bloco e PCP constituiu uma importante novidade neste sentido. É um passo tímido, sem dúvida, mas com um potencial tremendo. A curto prazo porque permite demonstrar que conseguem ser feitas convergências à esquerda em Portugal e tal facto, se bem explorado, pode fazer com que cada uma destas forças políticas chegue a novas franjas do eleitorado já nas próximas eleições. A médio e longo prazo, esta convergência pode também trazer mais força e substância a uma alternativa de governação à esquerda.
Como é natural, o principal prejudicado desta convergência caso ela seja bem sucedida, é o PS, uma vez que a mesma é apelativa para algum do seu eleitorado à esquerda. Resta saber se é positivo para a esquerda que o PS esteja à margem desta convergência? Julgo que não, embora compreenda naturalmente outros posicionamentos.
4 comentários:
Sem dúvida um passo muito pequeno para trazer algum benefício à vossa esquerda, assim sou há duas alternativas a 5 de Junho: FEEF com Passos e FEEF com Sócrates (que percebeu isso), a esquerda verdadeira manter-se-á estilhaçada e com poder quase exclusivamente na rua.
Não estou a ver que o PS se vá coligar com partidos que acham que a Coreia do Norte é uma democracia mas depois de ver o Almeida Santos e o Carlos César a mentir descaradamente com todos os dentes já não digo nada.
A mentir em quê?
Mas o PS já se coligou com um partido que achava que o Pinochet era um grande democrata, logo...
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