A discussão em torno das contrapartidas que devem existir para a ajuda pública aos bancos tem-se revelado curiosa, nomeadamente do ponto de semântico. O Presidente da República e agora o Banco de Portugal já manifestaram preocupações quanto à entrada do Estado (esse ser malévolo) nos bancos. E porque não colocar as coisas de outra forma? Sendo dinheiro público, dos contribuintes portanto, porque não falar na entrada dos contribuintes nos bancos?
Porque os termos desta entrada do Estado nos Bancos representam única e exclusivamente a injecção de dinheiro na Banca, sem qualquer contrapartida, sem qualquer poder de gestão, decisão ou participação do Estado que tem de se manter, como sempre, mudo, cego e surdo. Porque não se trata de nacionalizações mas sim de recapitalizações. O Estado, ou seja, os contribuintes, entram com o dinheiro, mas não têm quaisquer dos habituais direitos (ou sequer menos habituais) dos accionistas. Porque se trata na verdade e apenas de DAR dinheiro à Banca. Para que ela possa continuar os seus jogos de especulação, financiado-se a baixo custo (ou mesmo a custo zero, neste caso) para emprestar de novo depois, às Empresas, ao Estado ou contribuintes a juros exorbitantes.
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Porque os termos desta entrada do Estado nos Bancos representam única e exclusivamente a injecção de dinheiro na Banca, sem qualquer contrapartida, sem qualquer poder de gestão, decisão ou participação do Estado que tem de se manter, como sempre, mudo, cego e surdo. Porque não se trata de nacionalizações mas sim de recapitalizações. O Estado, ou seja, os contribuintes, entram com o dinheiro, mas não têm quaisquer dos habituais direitos (ou sequer menos habituais) dos accionistas. Porque se trata na verdade e apenas de DAR dinheiro à Banca. Para que ela possa continuar os seus jogos de especulação, financiado-se a baixo custo (ou mesmo a custo zero, neste caso) para emprestar de novo depois, às Empresas, ao Estado ou contribuintes a juros exorbitantes.
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