segunda-feira, 9 de julho de 2007

Aparecer faz toda a Diferença

Um estudo da empresa Manchete demonstra o nível de exposição mediática que os candidatos a Lisboa obtiveram entre 16 e 30 de Junho. A exposição pública pode fazer toda a diferença.

O Público faz hoje referência ao estudo da empresa Manchete sobre a exposição dos candidatos a Lisboa na comunicação social. Os números acabam quase por reflectir as sondagens até agora divulgadas. Neste contexto, António Costa aparece destacadíssimo (321 Notícias), seguindo-se Negrão (197 notícias), Carmona (154 noticias), Telmo Correia (142 noticias), Roseta (125 notícias), Sá Fernandes (102 notícias) e Ruben de Carvalho (99 notícias).

O nível de cobertura mediática que cada candidato beneficia é ditado pela tão preciosa agenda da comunicação social. Como todos sabemos, conseguir um lugar na agenda dos média revela-se tão importante que as acções de campanha modernas são pensadas na exposição que poderão merecer (ex: os comícios coincidentes com os telejornais das 20h ou as acções de campanha nos sábados ou domingos de manhã para que possam aparecer nos cobiçados telejornais das 13h).

Como é natural, os critérios de cobertura da comunicação social são ditados por questões como o relevo da notícia, a audiência que a mesma poderá merecer, o espaço que ocupa, entre muitos outros. No entanto, dá que pensar que, nesta batalha da exposição, onde os critérios não são nada claros, muito menos democráticos, determinados candidatos beneficiem de forma tão gritante relativamente aos seus concorrentes.

Tendo em conta o estudo hoje divulgado, por exemplo, verificamos que António Costa beneficiou de mais de 1/3 de cobertura do que Negrão, o dobro do que Carmona e Telmo Correia, mais do que o dobro do que Helena Roseta e o triplo de Sá Fernandes e Ruben de Carvalho. Dá que pensar…

1 comentário:

Anónimo disse...

Por detrás do véu da igualdade de todos os candidatos, a democracia consegue esconder estas pequenas nuances. São falhas de um sistema que, apesar de tudo, continua a ser o menos indesejável de todos os sistemas políticos.