Ontem terminei o post afirmando a necessidade de estudos que possam melhor analisar a eleição de Salazar no programa de "Grandes Portugueses". Tremendo erro, apenas explicável pela vontade de melhor compreender o sucedido.
Como hoje sublinha Pedro Magalhães no Público e no seu blog Margens de Erro, o método de eleição utilizado, para além de não possuir qualquer rigor ciêntifico, impede que os resultados possam ser minimamente estudados. No fundo, e dito de forma simples, não existe maneira de aferir que tipo de público votou, porque votou e com que eventuais motivações o fez.
Em última análise, os resultados não valem nada. De qualquer modo, parece que a critica cerrada ao concurso só surge após o resultado a que se chegou. Parece que pretendemos deslegitimar à posteriori um processo fruto do "mau" resultado alcançado.
No entanto, tenhamos em conta o seguinte paralelismo: "Se uma sondagem revelasse que os portugueses preferem as férias no Algarve, não seria nada muito surpreendente. No entanto, se a sondagem revelasse que os portugueses preferem fazer férias no Iraque, seria natural que se levantassem questões sobre a metodologia utilizada."
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