sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Os peanuts não puxam carroças

O alargamento da licença de parentalidade é, sem dúvida, uma boa notícia. Assim como a subida nos abonos de família o foi. Mas para incentivar a natalidade, é preciso muito mais do que isso.

Ou se ataca seriamente o esforço financeiro que uma família tem de fazer com um filho ou então as medidas acima são positivas e ajudam, mas têm pouco ou nenhum impacto na decisão de se ter um filho. São os custos permanentes que uma família terá que mais pesam na referida decisão.
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Por exemplo, como é possível incentivar-se a natalidade quando as creches subsidiadas nos grandes centros urbanos estão cheias? Quando a classe média e a classe média-baixa têm de recorrer em massa a creches privadas com mensalidades de 400 € ou 500 €?
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Bem sei que foi anunciado (por diversas vezes, por sinal) o alargamento da rede pré-escolar. Ainda bem. E até aos três anos, meus senhores, como é que é? Os meninos ficam com as avós, é isso?

1 comentário:

Anónimo disse...

E deviam ser as próprias creches a informar a Segurança Social que os pais, por estarem com dificuldades financeiras, muitas vezes deixam de poder pagar as mensalidades das creches dos filhos.

Sócrates tem-se referido muitas vezes aos ricos. Esta nova Lei da Parentalidade, aumenta, de facto, os dias que os pais (homens) podem usufruir durante os primeiro meses de vida dos filhos. Mas só os ricos podem aproveitar, na plenitude, esta nova Licença, pois somente quem tem grandes salários se pode dar ao luxo de receber, durante 6 meses, e numa altura de custos acrecidos, 25% do vencimento mensal.