Diz o Público que o “Estado recorre cada vez mais ao trabalho temporário para superar a falta de pessoal”. E pelo que indicia a notícia, os dados parecem ter por base as contratações através de empresas de trabalho temporário e o número de avenças na administração central. Mas, como é mais do que sabido, os modelos acima são apenas uma das formas de contornar as restrições na contratação de pessoal.
Se a isto adicionarmos os contratos de prestação de serviços quer através de recibos verdes, quer para empresas constituídas por uma única pessoa, assim como as consultorias de diverso tipo (jurídicas, tecnológicas, etc), ficámos com a certeza que a dimensão do fenómeno é bem mais complicada de calcular. Será que as presentes restrições na contratação estão mesmo a induzir a poupanças no Estado? O Estado pode estar a emagrecer, mas será que está efectivamente a poupar? Era interessante existirem provas empíricas de tal facto. Estudos sérios a este respeito, uma vez que actualmente parece que ninguém o consegue demonstrar com clareza.
(Imagem: M de Mulher)
1 comentário:
É apenas mais um reflexo que comprova sobre o absurdo de querer emagrecer o Estado. Há certas obrigações que o Estado tem de ter para com os seus cidadãos. Somente ele poderá promover a igualdade de oportunidade e serviços que garantam o bem-estar dos cidadãos. Não podemos eliminar serviços, pois necessitamos deles.
Somente os neoliberais que, através de uma recente eleição partidária,têm vindo a ganhar peso e expressão defendem a amputação dos meios do Estado. Se a solidariedade social não os retrai, pode ser que os custos o faça.
Enviar um comentário