A interdependência das economias é hoje um facto difícil de questionar. Como qualquer interdependência, acarreta fragilidades. Uma falência em Seul pode originar despedimentos e uma crise social numa qualquer cidade do outro lado do mundo. Apesar de tudo, nesta interdependência baseada em economia real, assente em produtos ou serviços, até conseguimos encontrar alguma racionalidade.
O mesmo não podemos dizer sobre uma interdependência vulnerável a movimentos financeiros especulativos como o que agora se está a sentir em Portugal. Nada de substancial em termos económicos se passou no país nas últimas semanas. A economia não crashou, o sector produtivo não implodiu, os serviços não pararam. Mas como os mercados andam nervosos e somos um alvo fácil, estamos a ser apanhados e vamos pagar caro por isso.
É curioso que tudo isto se esteja a passar pouco depois da gigantesca crise em que o mundo jurou a pés juntos que sérias reformas seriam empreendidas com vista a regular o sistema financeiro internacional...
Sem comentários:
Enviar um comentário