Neste fim-de-semana estive na Convenção do Bloco. Foi bom verificar que provavelmente a expressão mais utilizada nas diversas intervenções foi, nada mais nada menos, do que "Governo de Esquerda". Embora com perspetivas distintas sobre como lá chegar, as moções alternativas discutiram aguerridamente a necessidade da formação de um Governo que una diversas sensibilidades da esquerda.. Apesar das imediatas demarcacões do PS quanto a esta possibilidade, o Bloco sai desta convenção com um mandato reforçado neste sentido.
Quanto à questão da liderança bicéfala, parece-me que se trata de um grande desafio, num momento em que pessoalmente julgo que uma solução de liderança única seria mais prudente e eventualmente eficaz. Mas se nos lembrarmos que há 13 anos o Bloco também nasceu sem uma liderança conjunta, percebemos que as soluções mais fáceis nunca fascinaram este partido. Resta agora transformar esta originalidade numa vantagem.
Os dois temas acima foram os que mais dividiram as duas moções e respetivas listas apresentadas na Convenção. Fui subsccritor da Moção B, que não saiu vencedora, mas que obteve um resultado acima das expetativas. Como é evidente, depois de um saudável periodo de discussão, é tempo de juntar forças, porque o país bem precisa.
Sem comentários:
Enviar um comentário