Gostava que um dia destes pudessem ser medidos os custos reais das remodelações governamentais. E não me refiro apenas aos logotipos que têm de ser mudados, às instalações que são adaptadas e às mudanças de cadeiras nos gabinetes ministeriais e nos cargos de topo da Administração Pública. Refiro-me a aspetos administrativos como os milhares de horas que serão agora consumidos a rever leis orgânicas de ministérios, fazer pontos de situação aos novos responsáveis, novos planos de atividades, rearranjos orçamentais para dividir o que antes estava junto, entre outros "detalhes". Horas e horas de trabalho que serão agora dispendidas neste tipo de tarefas.
Mas é sempre engraçado encontrar alguns exemplos ilustrativos deste verdadeiro "brincar às casinhas"e dos caprichos que normalmente lhes são inerentes. A AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) saiu do Ministério da Economia há dois anos atrás para integrar os Negócios Estrangeiros liderados por Paulo Portas. Logo se explicou publicamente que este tipo de organismo, ligado à promoção económica externa do país, devia ser tutelado pelo MNE. Certo... Mas passados dois anos, a AICEP volta para o Ministério da Economia. Porquê? Portas gosta demais da AICEP para a deixar a Rui Machete. Prefere dar (ou emprestar) o seu brinquedo ao seu amigo Pires de Lima. Comentários para quê?
(Imagem: Jardicentro)
(Imagem: Jardicentro)
1 comentário:
Isto na mesma semana em que se aprovam 30 000 despedimentos nos serviços públicos e se aumenta o horário de trabalho. Confere.
Almoçamos 5ª dia 1?
Álvaro
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