sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

365 dias depois

Faz hoje um ano que parei de fumar. 365 dias depois, e mais uns quilinhos depois também, foi sem dúvida uma das minhas maiores conquistas em 2009. Depois de 14 anos a fumar pouco menos de um maço por dia, e sem nunca ter feito sequer uma pausa ou uma tentativa para parar, acordei no dia de ano novo, fumei três cigarros seguidos antes de comer o que quer que seja e coloquei depois um penso de nicotina. E nunca mais fumei desde então.

Um dia de cada vez, uma semana a seguir à outra. Tinha quase a certeza que não iria conseguir. Mas olha, que se lixe, valia a pena tentar. No meu caso, foi o facto de ser pai e de interiorizar que a minha saúde não me diz apenas respeito que foi o principal factor mobilizador.

Como é sabido, a força de vontade é fundamental, mas a eliminação da dependência física também não deve ser menosprezada. Neste sentido, os pensos de nicotina foram fundamentais. Graças a eles não se tem dor de cabeça, os níveis de irritação mantêm-se normais e a pieira não chega a existir. Foram dois meses e meio com pensos no braço, seguindo criteriosamente o tratamento recomendado nas embalagens. Durante as primeiras semanas, os pensos indicados continham mais nicotina. Nas seguintes, utilizam-se pensos com menos nicotina até se terminar com uns que quase não têm nada.

Curiosamente, este blogue também teve um papel importante uma vez que me comprometi a, caso voltasse a fumar, fazer aqui um post de blame and shame. Felizmente ainda não o tive de fazer. Mas nunca se sabe... É que quando se pára de fumar, dificilmente se passa a ser um não-fumador. É-se sim um ex-fumador. É muito diferente. Aliás, todo este discurso dramático-agarrado é a prova disso mesmo.
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4 comentários:

nuno vieira matos disse...

Não querendo tornar este post numa sessão de fumadores anónimos quero só deixar o meu testemunho. Parei de fumar à cerca de 4 anos e meio sem recurso a paliativos ou pensos. Tenho-me aguentado mas sinto-me ainda um fumador; continuo ainda a ter vontade de fumar (principalmente quando conduzo). Mas ter esta noção foi importante para não ceder a facilitismos e arranjar desculpas para voltar. Boa sorte.

João Carlos disse...

Sem querer repetir mas tão só dar alento ao nosso amigo João diria que já deixei de fumar em 1998, após uma grande gripe, e ainda sinto, por vezes, só por vezes, vontade de uma passinha.
Mas nunca te esqueças que se voltares a fumar, o vício vai querer recuperar o tempo perdido e vais ter de fumar o triplo do que fumavas antes.

Força! Vale a pena.

Angelo disse...

E eu dou-te os parabéns!
Pode ser difícil, mas não será impossível!

O meu pai fumou por uns 40 anos. Um dia foi ao médico e saíu de lá sabendo que tinha uns problemas. E nunca mais tocou num cigarro.

Eu nunca fumei, mas estou em querer que ter uma grande força de vontade ajuda.

Sam disse...

Caro Activismo de Sofá,

Os Óscares de Marketing Cinematográfico, iniciativa que pretende nomear o melhor que se fez em publicidade de Cinema no ano de 2009, estão de regresso ao Keyzer Soze’s Place.

Assim, convido o autor deste blog a expressar a sua opinião em http://sozekeyser.blogspot.com/2010/01/oscares-de-marketing-cinematografico-2.html.

Desde já, apresento o meu profundo agradecimento na sua disponibilidade para participar nesta iniciativa.

Cumprimentos cinéfilos!