Durante quatro dias, o mundo encontra-se de olhos postos na Turquia. A visita de Bento XVI coloca a população turca à prova. O ocidente espera que a visita ocorra sem incidentes. Serão estas expectativas razoáveis?
A visita de Bento XVI coloca a Turquia num verdadeiro colete-de-forças. Por um lado, largas franjas da sua população anseia por reagir às declarações que o Papa fez em Setembro sobre o profeta Maomé. Por outro lado, a Europa e o mundo ocidental observam esta visita como um verdadeiro teste à cultura democrática do povo turco.
O desejável será, naturalmente, que a visita contribua para o povo e as instituições turcas demonstrarem a sua capacidade de tolerância perante uma personalidade que, há pouco mais de dois meses, agitou o mundo Islâmico com declarações, no mínimo, duvidosas. Enquanto cardeal, Ratzinger manifestou também a sua discordância com a adesão da Turquia à União Europeia, invocando questões culturais, nomeadamente religiosas.
Neste sentido, será pacifico esperarmos toda a reverência do povo turco perante sua eminência o Papa? Creio que não. Obviamente, os turcos deverão provar ao mundo porque são considerados o mais moderno Estado islâmico do mundo, evitando incidentes tipicamente associados ao islamismo radical.
No entanto, a “tolerância democrática” não deve ser associada a “amorfismo político”. Perante o historial acima referido do presente Papa, estranho e indesejável seria que a visita de Bento XVI ficasse marcada por uma pela ausência de manifestações ou protestos. Tal facto, a meu ver, ficaria mais associado à capacidade de actuação de um estado policial do que à tolerância democrática de um povo.
A visita de Bento XVI coloca a Turquia num verdadeiro colete-de-forças. Por um lado, largas franjas da sua população anseia por reagir às declarações que o Papa fez em Setembro sobre o profeta Maomé. Por outro lado, a Europa e o mundo ocidental observam esta visita como um verdadeiro teste à cultura democrática do povo turco.
O desejável será, naturalmente, que a visita contribua para o povo e as instituições turcas demonstrarem a sua capacidade de tolerância perante uma personalidade que, há pouco mais de dois meses, agitou o mundo Islâmico com declarações, no mínimo, duvidosas. Enquanto cardeal, Ratzinger manifestou também a sua discordância com a adesão da Turquia à União Europeia, invocando questões culturais, nomeadamente religiosas.
Neste sentido, será pacifico esperarmos toda a reverência do povo turco perante sua eminência o Papa? Creio que não. Obviamente, os turcos deverão provar ao mundo porque são considerados o mais moderno Estado islâmico do mundo, evitando incidentes tipicamente associados ao islamismo radical.
No entanto, a “tolerância democrática” não deve ser associada a “amorfismo político”. Perante o historial acima referido do presente Papa, estranho e indesejável seria que a visita de Bento XVI ficasse marcada por uma pela ausência de manifestações ou protestos. Tal facto, a meu ver, ficaria mais associado à capacidade de actuação de um estado policial do que à tolerância democrática de um povo.
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