Sem dúvida que a função pública beneficiou no ano passado de um aumento do poder de compra, contrariando o que vinha a acontecer em anos anteriores. E seria espectável politicamente um aperto de cinto neste momento. Mas o congelamento puro e simples dos salários previsto neste Orçamento, do mesmo modo que é estupidamente simples (uma simples linha no Orçamento), é também estupidamente injusto.
Porque não começar por congelar ou mesmo reduzir os salários mais elevados? Porque não começar por congelar regalias das quadros dirigentes? Dá mais trabalho, não é? O congelamento total dos salários da função pública está para a redução da despesa como o aumento do IVA está para o aumento da receita. É fácil, é barato, dá milhões.... E pagam sempre os mesmos.
(Imagem: Eric D. Snider)
Porque não começar por congelar ou mesmo reduzir os salários mais elevados? Porque não começar por congelar regalias das quadros dirigentes? Dá mais trabalho, não é? O congelamento total dos salários da função pública está para a redução da despesa como o aumento do IVA está para o aumento da receita. É fácil, é barato, dá milhões.... E pagam sempre os mesmos.
(Imagem: Eric D. Snider)
1 comentário:
Pois, tem toda a razão! Sempre os mesmos... A propósito prometi no meu blog - http://conversavinagrada.blogspot.com/ - que comentaria o que Nicolau Santos escreveu, no último Expresso, “Orçamento de que o país precisa…mas que não vai ter”. Escreveu o Nicolau: que o pais precisaria que fosse fixado “um plafond mínimo para os lucros da banca (há bancos que pagam taxas de IRC entre 8 e 10%).” Vamos ter isto ou não? A medida, que o Nicolau diz não ser a aspirina para o doente grave, está inscrita no orçamento?
Outra questão: veja se desempata? O Nicolau diz uma coisa e a Associação Portuguesa de Bancos diz outra. (em declarações à Agência Lusa, a porta-voz da APB diz que "o sector bancário paga 25% de IRC, tal como todos os outros sectores" e rejeitou qualquer tratamento de favor).
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