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Note-se que algumas delas até podem ter um fim não-malicioso (veja-se este exemplo em que alegadamente está envolvido Jorge Coelho). Procuram sim acelerar processos, ultrapassar burocracias, facilitar iniciativas. De qualquer modo, esta prática tão enraizada entre nós do jeitinho, do contornar a lei, merece um combate sem tréguas por razões que nem vale a pena aprofundar. E é bom que a Justiça deixe de ser contemplativa com esta tradição secular do jeitinho.
(Imagem: Herdeiro de Aécio)
4 comentários:
Criam-se formalismos dispensáveis e procedimentos supérfluos porque isso dá poder. Assim há sempre que fazer para o mais popular dos portugueses: o Sr "Cunha". É já atávico.
Nem mais. O sistema pesado e burocrático parece estar feito para convidar ao jeitinho.
Lá vem a velha história do "isto só em Portugal". De facto o jeitinho existe em todos os países. Só terminará quando a palavra "amigo" perder significado. Em português, existe uma palavra inventada para este fim "cunha". Provavelmente sabem que noutras línguas (francês, italiano, etc., etc.) existem palavras mais ou menos correspondentes. Ou não sabem?
Também é verdade que há burocracias incompreensíveis que nunca se ultrapassarão (com prejuízo para todos) se não se recorrer ao jeitinho.
Quanta tolerância para a corrupção aqui vai. Como se o jeitinho não fosse uma forma de passar à frente dos que estão na fila de espera... No mínimo. E então quando os "jeitosos" se querem fazer passar por autoridades morais, é demais.
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