quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A cobrar é que a gente se entende

Hoje, por uma dívida de 30 euros (desleixo no pagamento, confesso), cortaram-me a água. Cortaram a meio da tarde, com gente em casa, sem sequer bater à porta, sem dar a cara. Como se cortar a água numa casa pudesse ser feito com a mesma leveza com que se corta o telefone ou a TV Cabo. A EPAL está pouco preocupada em saber os danos que tal corte pode provocar numa casa com duas crianças, por exemplo.

É impressionante a implacabilidade destas máquinas de cobrança. O caso da idosa encontrada morta no seu apartamento oito anos depois foi um exemplo máximo neste sentido. Certamente que a EPAL também foi lá pouco tempo depois cortar-lhe a água por falta de pagamento, a EDP idem, a PT idem... E a senhora lá continuou, tendo sido apenas descoberta quando a sua casa foi penhorada. Dá que pensar. Para quem ainda não leu, o Daniel Oliveira descreveu bem este fenómeno na semana passada no Expresso.
(Imagem: Blogue do Xico Branco)

Sem comentários: