sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Conta-me como foi

«Mas a justiça deste combate pela igualdade constata-se nomeadamente fazendo um pequeno exercício de visita ao futuro. Ou seja, se hoje já nos consegue tirar do sério o nível primário da maioria das discussões em torno destas temáticas, imaginem o que pensaremos destas supostas discussões fracturantes daqui a 15, 20 ou 30 anos. Imaginem o que diremos em 2025 ao recordarmos que em 2010 ainda se discutia se as pessoas do mesmo sexo se poderiam casar ou não.(...) Não tenho dúvidas que daqui a 15, 20 ou 30 anos estaremos a rir-nos de tudo isto. No fundo, olharemos tudo com o mesmo ar meio abismado, meio enternecido, meio espantado com que assistimos à realidade tratada na série da RTP "Conta-me como foi".» (excerto do artigo que hoje publico no Esquerda.net)

2 comentários:

Anónimo disse...

Isto é o que se chama fazer afirmações gratuitas. Imagine-se o que qualquer bolchevique poderia ter escrito logo a seguir a 1917 a respeito do mundo no ano 2.000. É claro que também se pode escrever que, num futuro mais ou menos longínquo, as pessoas se rirão de se querer chamar casamento a uma coisa que obviamente o não é. Porque fornicar não é o mesmo que sodomizar. Actos legitimos mas claramente distintos. E há mais diferenças que obviamente podemos evitar ver...ou não.

João Ricardo Vasconcelos disse...

Quanto à comparação com os bolcheviques, é bem visto. E sim, é uma questão de crença num determinado tipo de pogresso. Mas façamos assim então: bem sei que é quase impossível, mas espero que daqui 15, 20 ou 30 anos você se lembre desta minha opinião. Espero que possa então verificar se se tratou de uma barbaridade ou de uma crença correcta. Se pudesse, apostava consigo até que, daqui a 15, 20 ou 30 anos, você vai-se sentir envergonhado sobre a sua opinião actual. Posto isto, neste momento, é dificil dizer-lhe mais do que "A ver vamos"