terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sintomático

Através do Blasfémias chegamos à seguinte notícia: “Mais de 97% dos contratos de obras públicas celebrados desde o final de Junho do ano passado foram feitos por ajuste directo”. É preciso ter em conta que tal inclui pequenas obras de baixo montante, que são certamente a vastíssima maioria.

Mas 97% por ajuste directo é sintomático da dimensão das “excepções” que vieram a ser introduzidas por este novo código de contratação pública. Fica-se assim com uma ideia da facilidade com que se podem distribuir benesses.
(Imagem: Um Mundo Mágico)

3 comentários:

Unknown disse...

A observação estará correcta se realmente partir sempre do princípio que qualquer ajuste directo é simplesmente para dar benesses. Se calhar (se calhar) o ajuste directo tem simplesmente o papel de garantir uma obra com menos custos (não daquelas que concorrem baratas e acabam em enormes derrapagens), menos burocracia, menos atrasos. Mas ao menos admito que estou a supor...

João Ricardo Vasconcelos disse...

Atenção que não digo que só serve para distribuir benesses. Se assim fosse, estaria a dizer que 97& das obras públicas servem para distribuir benesses. Seria uma afirmação um pouco louca da minha parte :)

Falo sim na "facilidade" com que se podem distribuir benesses através de ajustes directos. Espero não induzir em erro a este respeito.

Anónimo disse...

Mas pelo sim pelo não , o melhor é não ires verificar os custos dessas obras por ajuste directo.
Ainda cais da cadeira.