Tinha lá estado apenas uma vez, com 11 anos. Restavam-me vagas memórias da ilha que foram muito bem reavivadas nesta última semana. Como é mais do que sabido, a Madeira é uma bonita ilha. A união do oceano com altas falésias rochosas proporciona cenários maravilhosos. Claro que, como açoriano, os traços de ilha atlântica estão longe de representar uma novidade. Mas é sempre bom saborear tais ares e tais paisagens.
A gastronomia é, como se sabe, uma maravilha. As espetadas, os bolos do caco, os bifes de atum ou os filetes de peixe espada. Também é interessante observar todo um sector económico virado para o turismo. Muita experiência acumulado fruto de várias décadas a receber turistas de vários cantos do mundo. Certamente muito conhecimento a partilhar com outras regiões do país.
Impressionou-me na ilha a quantidade e qualidade das infra-estruturas públicas. Das vias rápidas aos túneis, dos passeios à beira-mar da zona da zona do Lido à praia artificial de Machico, vê-se bem que o investimento público é opulento. São os milagres de Alberto João. Constata-se então de onde pode vir o endividamente crónico da região. Mas se calhar, mais do que culpar Alberto João por tais façanhas, muito menos os madeirenses que o elegem para continuar a fazer tais milagres, importa sim responsabilizar as instituições a nível nacional que lhe permitem tanta magia nas contas públicas da região. Dos órgãos de soberania, aos partidos, ao Tribunal de Contas, ninguém parece ter vontade de se responsabilizar seriamente pelos abusos cometidos nestes domínios. Quanto mais noutros...
Mas sim, se retirarmos a dimensão política, a Madeira é uma pérola, sem dúvida. Vale mesmo a pena lá ir.
1 comentário:
Estive lá há duas semanas, também para recarregar baterias, e subscrevo na íntegra a sua opinião sobre a ilha.
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