Pacheco Pereira afirma preto no branco que Sócrates mentiu ao parlamento e que procurava controlar um órgão de comunicação social. Referiu inclusive há pouco na SIC Notícias que, caso a Comissão tivesse analisado as escutas, dificilmente o Governo se manteria em funções. São declarações inconvenientes para um Passos Coelho que já afastou a possibilidade de uma moção de censura, tal como prometera anteriormente. Não é este o momento certo para fazer cair o Governo e Passos sabe-o.
Esta situação é apenas mais um exemplo da conhecida dissonância do novo líder do PSD e Pacheco Pereira. Mas vendo bem, até é útil para o PSD esta duplicidade de posições neste caso em concreto. Passos Coelho fica assim com o papel de líder responsável que, sorte a sua, até tem um Pacheco Pereira para lhe fazer o trabalho um pouco mais sujo de lançar graves acusações contra o (ainda) primeiro-ministro.
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