Fico naturalmente orgulhoso por Portugal ser a partir de hoje um país menos discriminador, onde a liberdade e a igualdade foram mais fortes. Como Teresa e Helena apontaram desde logo, há ainda um longo caminho a percorrer. Mas hoje um importante passo foi dado. Aproveito para relembrar um ideia que há muito possuo: daqui a 20 ou 30 anos quase nos vamos rir quando recordarmos o que hoje se anda a discutir. Serão então momentos do tipo Conta-me como foi...
(Imagem: Homositius)
8 comentários:
Foi um dia histórico, sem dúvida, porém, a guerra contra a homofobia ainda não acabou, pois há que mudar a nossa mentalidade tacanha em relação à homossexualidade.
Uma em cada 10 pessoas é homossexual. Se elas querem ter direito aos trâmites legais de um casamento, pois que tenham.
Deve ter cuidado com as afirmações do tipo "daqui a 20 ou 30 anos vamos-nos rir..." porque são absolutamente gratuitas e, geralmente, denotam falta de argumentos. Eu posso ripostar: e depois de mais 20 ou 30 anos depois de passarem os seus 20 ou 30 anosvamos-nos rir de ter rido".
Anónimo: agradeço o conselho e dou-lhe razão na cautela necessária na utilização de tais expressões. Mas repare que, num blog, o argumentário acaba por ser um continuum. Seria estranho o autor estar todas as vezes a fundamentar a sua posição cada vez que fazia um post sobre um tema. No meu caso, foram já muitos os posts que dediquei a esta temática, estando aí presentes (embora de forma diluída, é um facto) os meus argumentos.
Quando se passa por cima de toda a folha sem primeiro ter havido um referendo, para satisfazêr uma pequena minoria,isto nem daqui a mil anos serve para rir!!!Espero que tenham muitos filhinhos e sejam muito felizes....
A última frase era dispensável. Se calhar mostra bem o respeito pela liberdade dos outros de muitos defensores do referendo.
Acaba por ser esta aliás a razão pela qual um referendo não faria sentido: é que não faz sentido que a liberdade e a igualdade (sobretudo a dos outros) possam ser referendadas. Trata-se da utilização de um instrumento democrático para fins pouco democráticos.
Caro JRV:
Pois eu acho a última frase de grande importância. Ela mostra que tudo é a fingir com a pretensão de imitar os heterossexuais. Enquanto houver pobrezinhos com filhos que não podem criar, há uma esperança para os homosexxuais fazerem de conta que têm filhos. Sou a favor da união de homosexxuais mas a mania de imitar os hetero faz-me rir.
Mania de imitar os hetero? :) Então você acha que a questão da parentalidade homossexual se resume a imitar os hetero? Acha, por exemplo, que um casal de duas mulheres com filhos de outras relações estão a tentar imitar os hetero, é isso? Que maneira curiosamente simples de encarar a questão, deixe-me que lhe diga...
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