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“As eleições não se ganham. As eleições perdem-se”. Estando o governo PS no poder, e antevendo-se que dificilmente perderá as próximas legislativas, por melhor que seja o novo líder do PSD, o seu êxito dependerá sobretudo do falhanço do governo socialista. O novo líder pode ter todas as qualidades, mas no jogo da rotatividade do poder, importa sobretudo estar no sítio certo no momento certo.
Vejamos o caso de Durão Barroso. Encarado por muitos como um líder “para queimar” no PSD, subitamente teve a sorte de estar no sitio certo e no momento certo quando o guterrismo implodiu.
Este é o grande dilema dos eventuais candidatos a líder do PSD. Será este o momento certo para avançar? É credível pensar-se que o actual governo irá já desgastado para as próximas legislativas? Se não, o próximo líder do PSD sobreviverá a uma eventual derrota nas legislativas? Existem reais perspectivas da era Sócrates implodir nos próximos anos?
Eis o jogo da rotatividade no seu melhor. O avanço ou não dos eventuais candidatos a líder do PSD dependerá sobretudo da forma como cada um deles equacionar as respostas às questões acima formuladas.
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