terça-feira, 31 de julho de 2007

Fretilin: O Desafio da Oposição

A afirmação da Fretilin como grande partido passa também pela sua capacidade de adaptação a este período de oposição determinado pelo povo timorense. Esperemos que tal aconteça de forma pacífica. Timor precisa e Timor merece.

Depois de uma prolongada transição de ciclo, envolvendo eleições presidenciais e legislativas, o novo quadro político de Timor nos próximos anos começa agora a compor-se finalmente. Depois de Ramos Horta, Xanana e a sua ampla coligação deverão agora assegurar os destinos do executivo timorense nos próximos anos.

No meio de tudo isto, há a destacar o papel da Fretilin. Apesar de ter sido a força política mais votada neste último acto eleitoral, a coligação dos seus oponentes acaba por remeter o principal partido timorense para a oposição. Tal representa um tremendo desafio para a democracia do país. Da capacidade de reconhecimento das regras democráticas por parte da Fretilin dependerá a saúde futura do sistema democrático timorense.

A este respeito, destaque para o facto de Francisco Guterres, "LuOlo", candidato Fretilin vencido por Ramos Horta nas presidenciais, ter já felicitado os deputados que "irão participar na formação do novo Governo". É um bom sinal. Importa agora que se consigam acalmar os ânimos dos apoiantes da Fretilin nas ruas, evitando-se os distúrbios que, apesar de residuais, causam sempre mossa.

Enquanto seja uma muito jovem democracia, Timor tem dado importantes provas de maturidade. Esperemos que tal continue a acontecer perante este tremendo desafio que agora se coloca.

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