Na ressaca das eleições de Lisboa, proliferam as análises sobre um tema mais do que recorrente: a falência do sistema partidário ou a falta de capacidade dos partidos em dar resposta às aspirações populares. (ver artigos de Pacheco Pereira e São José Almeida, hoje no Público). Se calhar o problema não é assim tão simples…
Concordo naturalmente que o sistema partidário sofre de grandes males, que é fundamental que se encontrem mecanismos de democracia participativa para balancear a ditadura da representatividade. Mas considero também que os males dos partidos são os males das organizações. As organizações são o resultado de quem nelas participa e de quem nelas não participa. São também o resultado da sua durabilidade, da sua necessidade de organização e das suas exigências de democracia interna vs governabilidade interna.
Por outro lado, não é nada certo que os movimentos de independentes sejam mais democráticos do que os partidos. São mais ágeis devido à sua menor durabilidade, ao facto de terem menos estruturas representativas, de beneficiarem de menos reflexão ou rigidez ideológica. Beneficiam da falta de burocracia, mas pecam também por falta de democracia interna. Sublinho ainda que os movimentos independentes em Portugal têm surgido em torno de um líder. Ou seja, o mal da personalização da política também atinge os movimentos independentes.
Concordo naturalmente que o sistema partidário sofre de grandes males, que é fundamental que se encontrem mecanismos de democracia participativa para balancear a ditadura da representatividade. Mas considero também que os males dos partidos são os males das organizações. As organizações são o resultado de quem nelas participa e de quem nelas não participa. São também o resultado da sua durabilidade, da sua necessidade de organização e das suas exigências de democracia interna vs governabilidade interna.
Por outro lado, não é nada certo que os movimentos de independentes sejam mais democráticos do que os partidos. São mais ágeis devido à sua menor durabilidade, ao facto de terem menos estruturas representativas, de beneficiarem de menos reflexão ou rigidez ideológica. Beneficiam da falta de burocracia, mas pecam também por falta de democracia interna. Sublinho ainda que os movimentos independentes em Portugal têm surgido em torno de um líder. Ou seja, o mal da personalização da política também atinge os movimentos independentes.
Neste contexto, e usando a linguagem de café: A culpa não é dos partidos! A culpa é do sistema, pá! A democracia é um sistema, com um conjunto alargado de regras, pressupondo inúmeros desafios. A melhor forma de contornar os seus limites não passa por colocar todo o ónus da culpa numa das suas organizações. Bem sei que melhorar um sistema é mais complicado, dá mais trabalho, mas não existe outra solução.
2 comentários:
Sim, a teoria do sistema recolhe adeptos. Mas tal não iliba os partidos da responsabilidade pela situação actual.
sim, é verdade que eles usufruem de tuda riqueza q o pais tem,roubam,tem grandes empresas como a unitl a multpfil e muitas outras q andam por ai. dou-vos um conselho aproveitam bem porque o tribunal internacional vem ai.
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