Tendo em conta o debate de ontem na RTP, e contrariando o cenário à direita, os diversos candidatos à esquerda trataram-se com uma afabilidade excessiva para quem não pondera cenários de coligação.
Quem ontem conseguiu assistir às três horas de debate para as intercalares de Lisboa, ficou certamente com a sensação de que se tratava mais de uma prova oral do que de um debate eleitoral (como aliás salientou Manuel Monteiro). Os doze candidatos presentes foram-se limitando a responder às perguntas da arguente Fátima Campos Ferreira. Houve pouco sangue, poucas discussões inflamadas, poucos dedos em riste. O modelo de debate com 12 candidatos dava pouquíssimas hipóteses para a discussão directa.
À direita conseguiu-se assistir a momentos pontuais de acção, com criticas inflamadas de Manuel Monteiro dirigidas a tudo e a todos, trocas de acusações entre Negrão e Carmona e, de vez em quanto, com intervenções nervosas de Pinto Coelho acusando todos os outros partidos de serem do sistema.
À esquerda, exceptuando o sempre inflamado Garcia Pereira, os candidatos apresentaram-se serenos. Limitaram-se a expor a sua visão e suas propostas, com apelos naturais ao voto, mas sem que fossem visíveis ataques agudos entre si. Contrariando o que poderia ser normal neste tipo de situações, viram-se poucos ataques dirigidos ao favorito António Costa por parte de Roseta, Ruben de Carvalho e Sá Fernandes. Estarão a salvaguardar cenários de coligação pós-eleitoral? Quem viu o debate de ontem, poderá ter ficado legitimamente com essa sensação.
A meu ver, a esquerda só tem a ganhar com uma ampla coligação. Lisboa precisa e Lisboa merece.
Quem ontem conseguiu assistir às três horas de debate para as intercalares de Lisboa, ficou certamente com a sensação de que se tratava mais de uma prova oral do que de um debate eleitoral (como aliás salientou Manuel Monteiro). Os doze candidatos presentes foram-se limitando a responder às perguntas da arguente Fátima Campos Ferreira. Houve pouco sangue, poucas discussões inflamadas, poucos dedos em riste. O modelo de debate com 12 candidatos dava pouquíssimas hipóteses para a discussão directa.
À direita conseguiu-se assistir a momentos pontuais de acção, com criticas inflamadas de Manuel Monteiro dirigidas a tudo e a todos, trocas de acusações entre Negrão e Carmona e, de vez em quanto, com intervenções nervosas de Pinto Coelho acusando todos os outros partidos de serem do sistema.
À esquerda, exceptuando o sempre inflamado Garcia Pereira, os candidatos apresentaram-se serenos. Limitaram-se a expor a sua visão e suas propostas, com apelos naturais ao voto, mas sem que fossem visíveis ataques agudos entre si. Contrariando o que poderia ser normal neste tipo de situações, viram-se poucos ataques dirigidos ao favorito António Costa por parte de Roseta, Ruben de Carvalho e Sá Fernandes. Estarão a salvaguardar cenários de coligação pós-eleitoral? Quem viu o debate de ontem, poderá ter ficado legitimamente com essa sensação.
A meu ver, a esquerda só tem a ganhar com uma ampla coligação. Lisboa precisa e Lisboa merece.
3 comentários:
É pertinente a observação da não-agressividade da esquerda entre si. Mas chamo a atenção que António Costa também não atacou Carmona. Dando ouvidos aos rumores que por aí andam, temo que este poderá ser também um dos cenários de coligação
Bem sei que é a capital do país. Mas começo a ficar cansado que todo o país tenha que se mobilizar em torno dos problemas que só a Lisboa digam respeito. Foram 3 horas de debate! Queria ver que cobertura mereceriam umas quaisquer eleições de uma capital de distrito.
Que a esquerda pareceu cautelosa, concordo. Que daí podemos induzir eventuais coligações, não estou nada certo. António Costa não foi simpático só com a sua esquerda. Foi assim com todos os candidatos.
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