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Começa por falar na distinção entre as mentiras condenáveis e as mentiras necessárias dos governos. Tenta deste modo atenuar a posição da administração americana. Embrulha-se depois na convicção da existência de armas de destruição maciça no Iraque. Fá-lo como se uma convicção tivesse quase o mesmo valor que uma evidência. Não se coibe inclusive de utilizar a lei de Murphy como um argumento legítimo para que a guerra nos nossos dias possa ser despoletada.
Termina a sua crónica dissertando sobre o quão fácil teria sido aos americanos encenar a descoberta das armas de destruição maciça, legitimando assim a sua invasão Não recorreram a tais métodos, segundo ele, porque estavam absolutamente convencidos de que tal não seria necessário.
No fundo, Pacheco Pereira tenta, a todo o custo, justificar o seu apoio a algo que hoje é cada vez mais injustificável. É sempre preferível ficar-se com o estatuto de teimoso do que como alguém que muda de opinião ou reconhece um erro.
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