O debate ontem no Parlamento aqueceu depois de Nuno Melo ter considerado que o PCP e o BE não deveriam ter assento na Comissão Fiscalizadora das Serviços de Informações da República Portuguesa. O argumento foi simples: “Posso confiar que não divulgariam um qualquer documento ou informação, se nisso vissem vantagem política?”
Estamos certamente habituados ao baixo nível que por vezes atinge a retórica parlamentar. No entanto, ver o CDS desconsiderar assim outras bancadas é mais do que lamentável. Sobretudo tendo em conta as dezenas de milhares de fotocópias da Defesa que Portas levou consigo aquando da sua saída do Ministério, como relembrou Fernando Rosas.
É natural que a fiscalização dos Serviços de Informações exija cautela. Mas se tal representar que apenas os dois maiores partidos possam ter assento na referida comissão, tal será admitir abertamente que o Parlamento possui dois tipos de partidos:
1) Os partidos do sistema, de confiança, responsáveis e com sentido de Estado (vulgo PS e PSD);
2) Os outros partidos, que apenas servem para que algumas margens da sociedade se sintam representadas (vulgo PCP, BE e CDS).
De qualquer modo, do debate de ontem podemos tirar uma importante conclusão - o CDS não tem problemas em se auto-secundarizar.
Estamos certamente habituados ao baixo nível que por vezes atinge a retórica parlamentar. No entanto, ver o CDS desconsiderar assim outras bancadas é mais do que lamentável. Sobretudo tendo em conta as dezenas de milhares de fotocópias da Defesa que Portas levou consigo aquando da sua saída do Ministério, como relembrou Fernando Rosas.
É natural que a fiscalização dos Serviços de Informações exija cautela. Mas se tal representar que apenas os dois maiores partidos possam ter assento na referida comissão, tal será admitir abertamente que o Parlamento possui dois tipos de partidos:
1) Os partidos do sistema, de confiança, responsáveis e com sentido de Estado (vulgo PS e PSD);
2) Os outros partidos, que apenas servem para que algumas margens da sociedade se sintam representadas (vulgo PCP, BE e CDS).
De qualquer modo, do debate de ontem podemos tirar uma importante conclusão - o CDS não tem problemas em se auto-secundarizar.
2 comentários:
E não só. Isto ainda é mais engraçado vindo da parte de um partido político cujo actual líder, há 3 anos atrás saiu de um ministério após ter fotocopiado 60 mil documentos do respectivo ministério.
Podemos confiar que o líder deste partido não divulgará um qualquer documento ou informação se acaso veja nisso vantagem política?
Questões desta natureza (Serviços de Informação da Républica, e sua fiscalização), têm de ser tratadas de forma muito cuidadosa.
Não é certamente com ataques mesquinhos e de avaliação de carácter, que se eleva o o debate nesta questão.
Nuno Melo prova do seu veneno. Não só pelo reparo - e bem -, de Fernado Rosas, mas porque ele próprio, com esta afirmação, só pretendia uma coisa; descredibilizar pessoal e politicamente quem milita e representa os partidos em questão. E isso, é exactamente um aproveitamento político de uma questão tão sensivél como é a Segurança Nacional.
A auto-exclusão também me parece um tiro no pé. Lá está, deu preferêncial ao vil ataque, do que à procuara de soluções equilibradas e ponderadas de Fiscalização matérias de interesse Nacional.
Depois, levou com a "boca" de Bernardino Soares que disse, "isto não é um casino".....
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