Segundo hoje anunciou Mário Lino, o Governo cumprirá o calendário previsto para o TGV. Um projecto caro cuja viabilidade continua a dividir até a opinião especializada. Mas atenção: o Ministro das Obras Públicas está a demonstrar alguma cautela ao não revelar se adjudicará o troço em questão até às eleições. Uma coisa parece certa: avançar com o TGV neste momento seria um erro político para o PS. O PS não poderia esperar que o país não se escandalizasse em torno desta questão. Este eventual passo atrás dos socialistas parece demonstrar cautela. Eis os primeiros possíveis efeitos do 7 de Junho.
1 comentário:
O PS não devia ter feito isto.
É demonstrar incerteza num assunto que não tem que ser vendido mas sim imposto para este país ir para a frente: Mobilidade Sustentável.
Já chega de Auto-Estradas e Travessias do Tejo, a questão do TGV ser aprovado é muito mais do que "um" comboio de alta velocidade, é requalificar a nossa rede ferroviária em grande parte do país, e ligar directamente a Espanha através de um outro meio de transporte que não o automóvel nem o "caro" e limitado avião.
Se dissermos aos Portugueses que o objectivo seria gastar milhões em Transportes Públicos para que a maioria das pessoas pudesse deixar de utilizar o seu carro (e por consequência nem o comprar, manter (seguros, manutenção)) praticamente ninguém ia aceitar isso, porque o Português quer ter o seu carro.
Por isso obviamente que o PS voltou a trás, este tipo de reformas não dão votos. Mas as auto-estradas e o alcatrão dão.
Pior do que o PS "ter" que fazer isto, é o povo aceitar.
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