A notícia sobre as intenções do Banco Efisa (Grupo BPN/SLN) em recrutar especificamente um distinto membro do PS para o seu Conselho de Administração é sinistra. Oliveira Martins, Cravinho, Vera Jardim, Augusto Mateus ou Alberto Costa foram algumas das possibilidades apontadas.
Como é evidente, tal não atribui qualquer tipo de responsabilidade aos visados. Mas coloca a tónica nas badaladas pouco transparentes relações entre o poder económico e o poder político. Sim, porque tal não acontece só no sector financeiro. Vá-se lá saber porquê mas os ex-ministros ou outras destacadas figuras dos partidos do arco governamental parecem ter sempre uma tremenda facilidade em ser colocados em cargos de topo de grandes grupos económicos.
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A verdade é conhecida de todo um povo: ser ex-ministro ou militante destacado de um partido de poder dá currículo e abre muitas portas. E essas portas no privado abrem-se porque esperam igual retribuição do arco do poder.
A verdade é conhecida de todo um povo: ser ex-ministro ou militante destacado de um partido de poder dá currículo e abre muitas portas. E essas portas no privado abrem-se porque esperam igual retribuição do arco do poder.
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Trata-se de um fenómeno que devia ser estudado em Portugal, nomeadamente no âmbito da Ciência Política. Em vez de se procurar aferir o percurso das elites políticas antes do exercício do poder, seria tão ou mais interessante aferir o percurso das elites elites políticas após o exercício do poder.
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